Eduardo Romero (Rede), vereador por Campo Grande, é suspeito de estuprar um adolescente de 13 anos. O crime teria ocorrido em 12 de novembro de 2017 e tem sido mantido em segredo de Justiça desde então.
Para a polícia, a mãe da vítima contou que estava estranhando o comportamento do filho, que não queria mais ir à escola, reclamava muito de dores de cabeça e estava bastante arredio. De tanto insistir, o rapaz resolveu contar o ocorrido para a família.
Segundo o boletim de ocorrência, o cunhado da denunciante, tio da vítima, tinha chamado o adolescente para ajudar na reforma da casa do vereador. No local, o rapaz ajudava entregando fios para o tio, que estava na laje realizando a obra.
Consta no boletim que o autor, Eduardo Romero, “chegou à casa e viu que a vítima estava sozinha, sendo que o mesmo chamou a vítima em um quarto e falou o seguinte: ‘posso pegar no seu p...?’".
A vítima, de acordo com a mãe, respondeu não. Mesmo assim, Romero teria insistido, fazendo sexo oral na vítima e obrigando o adolescente a retribuir. Ainda conforme a mãe, o vereador ainda convidou o rapaz para retornar à casa depois.
O tio da vítima, que seria sobrinho de Eduardo, ficou sabendo do suposto crime e foi até a residência do suspeito para cobrar explicações.
Conforme o registro policial, Romero inicialmente negou o fato, mas “após quinze minutos Eduardo mandou uma mensagem chamando a comunicante e seu marido para conversarem”. No local, segundo o BO, o vereador “confessou o ocorrido e disse que fez o que fez porque estava sob efeito de drogas”.
A mãe disse à polícia que o suspeito pediu desculpas, chorou muito, mas ela e o marido resolveram registrar a ocorrência por causa do estado emocional do filho.
O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga e, segundo uma testemunha que preferiu não se identificar, tramita na 7ª Vara da Infância e da Juventude, com audiência marcada para o início de fevereiro.
O que diz o vereador
Procurado pela reportagem, o vereador declarou que a “acusação é totalmente falsa e indevida”. Ele preferiu não responder se conhece as pessoas envolvidas na denúncia, mas destacou que não há “nenhuma veracidade”, que todas as “situações são inverídicas” e que gostaria de apurar como a informação sigilosa foi a público.