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Polícia

31/01/2022 19:00

Assassino e torturador da esposa tinha sobrinha em Cuiabá; polícia quer detalhes

Investigação vai apurar se familiar iria esconder o tio criminoso na Capital de MT

Adailton Freixeiro da Silva, 46 anos, preso pela Polícia Civil em Cuiabá, nesta segunda-feira (31), em Cuiabá, por feminicídio e tortura, tinha uma sobrinha na Capital do MT. A Delegacia da Mulher em Campo Grande vai apurar se ele teve ajuda para fugir. 

O que a Deam informou até o momento, é que Silva foi encontrado na Rodoviária de Cuiabá, com uma mochila. A investigação quer saber se ele iria para outro local ou ficaria escondido na casa de familiares no estado vizinho.  

A prisão do assassino, segundo a delegada Maíra Pacheco, da Deam, se deu após ampla divulgação de fotos, vídeos e informações sobre o criminoso. 

‘’Isso facilitou para que o pessoal [polícia] do Mato Grosso reconhecesse ele lá’’, detalhou Maíra. 

A identificação e idade da sobrinha do suspeito foram preservadas pela delegada, mas o caso segue em investigação. 

Freixeiro vai seguir preso em Cuiabá, até que a justiça de MS e MT entrem em acordo para que ele seja transferido para Campo Grande. 

Adailton era procurado pela polícia de Campo Grande. Imagens de câmeras de segurança o flagraram fugindo em uma moto. Na tarde desta segunda-feira, polícias Civil e Militar estiveram no endereço da mãe dele e do irmão, para tentar encontra-lo. 

Caçada a torturador chegou ao fim em Cuiabá

TORTURA

Francielle Guimarães Alcântara, 36 anos, passou quase um mês em cárcere privado, sendo torturada. As nádegas dela estavam em carne viva. 

A constatação foi feita pelo delegado Camilo Kettenhuber Cavalheiro, a partir de laudos feitos pelo Instituto Médico e Odontológico. Desde 1º de janeiro, Francielle era agredida em razão de suposto adultério. 

Camilo conta que Francielle teve os dentes quebrados pelo marido, lesões por faca e cabelo cortado. O ferimento mais grave causado por Adailton chocou até a polícia. 

"As nádegas dela estavam em carne viva. Ela não tinha mais pele no local, estava já na camada de gordura. Ela usava bandagem na roupa para poder sentar", disse o delegado. 

O delegado, que atua na 6ª DP, no Tijuca, conta que em 11 anos de carreira, nunca tinha visto tanta barbárie. Ela também foi alvo de facadas nas costas e surras.

‘’Foi estarrecedor. Nunca vi algo que me chamasse a atenção desse jeito’’, reflete Kettenhuber. 

A investigação conseguiu encontrar a bandagem usada pela vítima, além de vários objetos usados para torturar Francielle. Entre eles está um pedaço de madeira com uma cordinha, onde o suspeito asfixiava a vítima. 
 

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