O motivo da morte de Francisco Anderson Costa da Silva, 38 anos, na noite desta sexta-feira (28), em um posto de gasolina, no Jardim Batistão, foi vingança. O suspeito, Esdras Garcia, teria levado uma surra da vítima, na ocasião que furtou uma televisão dele, há sete anos. 

Conforme relato de uma familiar de Francisco Anderson, de 37 anos, todos estão em choque, pois não imaginavam que o suspeito teria coragem de fazer algo tão brutal. 

A parente detalhou que Francisco chegava em casa, quando presenciou Esdras saindo da casa dele com a TV, no Portal Caiobá. O morador então aplicou uma surra no criminoso. 

A denunciante diz que Esdras seguia o parente por diversas vezes, mas nunca pensaram no pior. Apesar de ser vigiado, a vítima nunca teria recebido uma ameaça direta do assassino, narra a parente. 

''Onde o Francisco ia, ele estava atrás... os amigos do Francisco viram isso também, mas nós não imaginávamos que seria vingança por causa disso'', lamentou a familiar. 

Esdras, diz a parente, mora três ruas abaixo da casa de Francisco Anderson. 

Trabalhador

A familiar detalhou que Francisco Anderson não tinha passagens pela polícia e era um homem trabalhador. 

''Trabalhava dia de semana e aos finais de semana trabalhava para mim. Era amoroso, querido'', observou. 

Francisco foi morto na frente da esposa e filhas. (Foto: Reprodução Facebook)

O crime

Anderson estava com a esposa e duas filhas mais novas, abastecendo o carro, em um posto no Jardim Batistão. Segundo uma parente, ele iria para um pesqueiro neste fim de semana. 

De forma repentina, Esdras se aproximou por trás da bomba e atirou várias vezes na vítima. A esposa abriu a porta do carro e correu, voltando depois para resgatar as duas filhas, no banco de trás.  

Francisco Anderson foi atingido na região do peito e do braço. O crime foi testemunhado pelo frentista. Imagens de câmeras de segurança flagraram o assassinato. 

Fuga

Instantes após o assassinato, policiais foram a residência do suspeito, mas testemunhas informaram que ele havia deixado o local, com uma mochila, e entrou em um Fiat Argo branco. 

A PM fez rondas e encontrou o veículo citado, em direção ao bairro Guanandi. O motorista foi abordado e disse que era condutor de aplicativo e confirmou que transportava Esdras até o bairro. 

O motorista detalhou que Estras pulou do carro em movimento, ao perceber a ação policial. O suspeito deixou para trás uma mochila, onde havia uma pistola, carregadores e munições, além de roupas e documentos em nome de Esdras. 

O condutor foi questionado se sabia do homicídio e relatou ter recebido imagens do crime, por meio do aplicativo de mensagens. 

''Fita monstra''

O motorista narrou aos policiais, que o suspeito estava bastante agitado e confessou que havia feito uma ''fita monstra'', se referindo ao assassinato. A PM fez buscas na casa do pai de Esdras, mas ele não estava lá.