Luis Alberto Bastos Barbosa pode ficar menos tempo na cadeia já que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul decidiu, nesta terça-feira (15), que o assassino da musicista Mayara Amaral deve responder por homicídio e não latrocínio.
A pena de latrocínio (roubo seguido de morte) varia entre 20 e 30 anos de reclusão, já a de homicídio é menor, variando de 12 a 30 anos.
A denúncia do Ministério Público pedia a condenação de Luis pelo crime de latrocínio, visto que o fator que motivou o assassinato dela foi a subtração de vários bens, entre eles carro, notebook e dinheiro. No último dia 5 de março, dado o conflito de competências, a procuradora de Justiça, Jaceguara Dantas Passos, recomendou que o crime fosse tipificado como latrocínio e enviado para a 4ª Vara Criminal de Campo Grande.
Na contramão, o advogado do assassino, Conrado Passos, diz que a defesa está aliviada, pois segundo ele, a 'justiça foi feita'. Quando interrogado sobre os pertences da vítima que foram encontrados na casa de Luis, sobre o carro de Mayara e sobre a qualificadora do crime, o advogado fornece uma série e explicações.
"Ele não roubou nada. O carro foi usado para fuga dele e os objetos encontrados foram deixados pela própria vítima na casa do meu cliente, já que a Mayara dormia com frequência na residência do Luis. Acredito não terá qualificadora", destacou Conrado.
Com a decisão, o caso volta ao MPE, que terá de apresentar nova denúncia, desta vez de homicídio qualificado e não de latrocínio. Com isso, nova audiência de instrução será marcada para depoimento de testemunhas de acusação e defesa. O réu segue preso no Presídio de Trânsito desde julho do ano passado.
O crime
A musicista Mayara Amaral foi morta a marteladas e teve seu corpo queimado no dia 25 de julho do ano passado, em um motel de Campo Grande. O assassino, Luis Alberto Bastos Barbosa Mayara matou a vítima e fugiu com o veículo da jovem.