O assassinato de Juarez Francisco Miguel, de 61 anos, foi motivado por carona negada, segundo a Polícia Civil. A vítima morreu no sábado (10), um dia após discutir com o colega de trabalho, Cleidnei Tobias da Silva, 43 anos, e levar um tiro no olho, em Ivinhema — a 286 quilômetros de Campo Grande (MS).
Conforme apurado pelo Jornal da Nova, o crime aconteceu por volta das 17 horas da última sexta-feira (9), na Rua Antônio Manoel dos Santos, próximo à Escola Manoel de Barros, no bairro Piravevê.
Depois de uma discussão entre suspeito e vítima, a qual teve como início uma carona não fornecida, o autor saiu do trabalho, passou em casa, se apossou de uma espingarda calibre 22 e seguiu para a casa de Juarez.
Ao encontrar a vítima chegando em casa, ainda com roupas e apetrechos do trabalho, houve outra breve discussão e logo em seguida o investigado disparou contra Juarez, acertando-o no olho direito. A vítima chegou a ser socorrida, mas veio morreu horas depois, no Hospital da Vida, em Dourados.
A caminhonete que Tobias utilizou para fugir, no entanto, foi localizada por investigadores da SIG (Seção de Investigações Gerais) em uma estrada vicinal nas proximidades da Usina Adecoagro.
Em seguida a Polícia Civil abriu inquérito e realizou uma série de diligências, se desdobraram em relatório de investigação e colheram vários depoimentos na sede policial. Diante disso, a autoridade policial representou pela prisão preventiva de Cleidnei, que, após manifestação favorável do MPE (Ministério Público Estadual), foi deferida pelo Poder Judiciário.
Após dois dias foragido, Cleidnei se apresentou na delegacia de polícia, onde o mandado de prisão preventiva foi cumprido. O investigado foi interrogado e, posteriormente, será encaminhado ao presídio local.
O homem responderá por homicídio com duas qualificadoras, uma pelo motivo fútil e outra pelo recurso que dificultou a defesa da vítima.