Gesticulando muito bem, de forma serena e com vestimenta impecável, essa é imagem de Pâmela Ortiz diante do júri. Ela é acusada de matar Dirce Santoro Guimarães Lima, de 79 anos, em fevereiro de 2019, em Campo Grande. O julgamento acontece nesta quinta-feira (11), no Fórum de Campo Grande.
Pâmela é acusada de matar a idosa batendo sua cabeça em um meio-fio até desfigurar o rosto. Ela ainda arrastou o corpo até uma árvore e jogou lixo em cima. (Clique aqui para saber mais).
O caso bárbaro ocorreu em uma das vias do Indubrasil e até o momento duas testemunhas de acusação foram ouvidas. A primeira testemunha, uma vizinha da idosa e o segundo foi um agente de saúde, que fazia acompanhamento devido à comorbidade da idosa.
Três versões
Até o momento, Pâmela deu três versões para o assassinato da idosa e hoje foi confrontada pelo juiz. Às três versões tem algumas peculiaridades, alguns fatos são confirmados pela ré e outros negados.
Ela confessou que matou dona Dirce, mas disse que a idosa agrediu ela primeiro. Pâmela contou ainda que no dia da morte levou a idosa até uma loja de departamento do Centro, porque ela já estava desconfiada de que alguém estivesse usando seus cartões.
Negou matar por dinheiro
Pâmela diz que Dirce não tinha dinheiro e vivia de poucos recursos. Ela citou que não tinha intenção de assassinar para ficar com recursos, pois em sua visão a idosa não tinha dinheiro.
A assassina contou com detalhes sobre momentos em esteve com a idosa, dias antes do crime. Contou sobre quando foi buscá-la em casa, até a hora em que assassinou, bateu a cabeça de Dirce e carregou o corpo, mas disse que não lembra de mais nada após o crime. “Eu não lembro mais de nada depois desse momento”.
Pâmela afirmou que o percurso de carro até o polo industrial foi porque ela iria visitar uma avó que mora na região. Ela negou que tivesse dado carona a Dirce com intenção de matá-la.
Dirce morava em uma vila de casa do Lar do Trabalhador e Pâmela disse ao juiz que conheceu a idosa no posto de saúde do bairro. Ela afirmou que passou a ter amizade com a idosa e passou a ajudá-la com caronas, levando ao supermercado e demais locais. Em troca, Dirce pagava o combustível, lanches e sorvetes.
Testemunhas dizem que Dirce tinha boas condições financeiras e ajudava várias pessoas na região indicando que a ré queria suas posses.
Pâmela alegou que estava com depressão e problemas psicológicos. Ela chegou a citar que não conseguia se lembrar ao certo sobre o ocorrido e que as memórias aparecem e somem.