Policiais da Delegacia de Homicídios, encontraram ossos humanos, em área de vegetação, na manhã desta quarta-feira (16), em Campo Grande. O achado ocorre um dia após prisões de suspeitos de esquartejar e queimar o casal, Pedro Vila Alta e Priscila Gonçalves Alves, em agosto de 2021.
O delegado Carlos Delano, titular da DEH, destacou que a probabilidade maior é que a ossada seja de Pedro Vilha Alta Torres, 45 anos. No entanto, o material recolhido passará por análise no IML para confirmar a suspeita.
Delano destaca que a investigação é sigilosa, mas há possibilidade do achado estar relacionado às novas prisões, nesta terça-feira (15).
Mulheres e menor
Duas mulheres, de 31 e 35 anos, foram presas temporariamente, nesta terça-feira, em Ribas do Rio Pardo. Elas teriam envolvimento no crime bárbaro. Um adolescente de 17 anos foi apreendido e deve ir para uma unidade de internação.
Um homem, que à época do crime, estava preso por outro motivo, também foi apontado como envolvido nas mortes e foi alvo de mandado de prisão temporária, de 30 dias.
O crime
O casal Pedro Vilha Alta, 45 anos, e Priscila Gonçalves Alves, 38 anos, tinha duas filhas e forte envolvimento com drogas. O homem colecionava crimes pequenos, como furtos, mas também um homicídio.
Os dois tinham problemas familiares, porque furtavam objetos da casa de parentes, para sustentar o vício das drogas.
À época do crime, a família não sabia dizer se os dois eram apenas viciados ou tinham algum envolvimento com facções criminosas. No entanto, o modo como as vítimas foram executadas, é semelhante às práticas da maior facção criminosa do País.
Sumiço
Pedro e Priscila saíram de casa, no dia 15 de agosto e não mais voltaram. A família registrou ocorrência de desaparecimento. Já no dia 16 de agosto, dois corpos foram achados em uma área de mata, na BR-262, perto do Jardim Noroeste.
Os cadáveres estavam esquartejados e queimados no local. A identificação dos dois demorou e foi possível apenas com exames de DNA, em razão de estarem totalmente carbonizado.