Aos gritos, Andréia OIarte (PROS) foi presa por volta das 10h30 de hoje (15) acompanhada do esposo, prefeito afastado de Campo Grande, Gilmar Olarte (PROS). O casal deixou a residência dentro de uma viatura do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), alegando que se trata de uma perseguição política. Isso porque ela teria pretensão de registrar candidatura a vereadora nesta segunda-feira (15).
"Isso é uma perseguição política porque eu ia registrar minha candidatura hoje", disse Andréia antes de entrar na viatura do Gaeco.
Após ouvir os 'berros' da esposa, Gilmar fez questão de negar todas as acusações, mesmo diante da prisão temporária. "Nego todas essas acusações, todos os imóveis estão com imposto de renda em dia, em nome de pessoa física. Não aconteceu o que eles estão dizendo, tudo será esclarecido e provado".
O casal teve a prisão temporária decretada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, acusados de comandar um esquema fraudulento para adquirir imóveis, utilizando recursos que não condizem com a realidade financeira da família, na época em que Gilmar comandava a prefeitura da Capital.
Questionado sobre contar com a ajuda de Evandro Simôes Farinelli e Ivamil Rodrigues de Almeida, Gilmar disse que tem amizade com ambos, mas desconhece qualquer ato ilícito realizado em grupo. "Confirmo que conheço essas outras pessoas, o empresário e o corretor de imóveis sim, são pessoas de bem e não tem nada de errado com eles. Não existe envolvimento de coisas erradas".
O advogado do casal, Jail Azambuja disse que não existe justificativa para prender Gilmar e Andréia, mas não confirma que acredita em perseguição política. "A princípio não existe justificativa para prendê-los, vou entrar com ação cabível. Todos imóveis foram declarados no imposto de renda".