O adolescente, de 16 anos, acusado de esfaquear e matar a própria mãe, Regina Fátima Monteiro de Arruda, de 52 anos, na madrugada do dia 6 de outubro, revelou que antes de conviver com a genitora e ter uma relação conturbada, morou ao lado das tias por cerca de cinco anos, ficando dos 3 aos 8 anos com as familiares.

A revelação foi feita pelo advogado Jonatas Giovane, que explicou para a reportagem que o principal motivo do adolescente ter atacado a própria mãe teria sido as agressões constantes que vinha sofrendo.

"O motivo ele não relatou bem, mas disse que dos 3 aos 8, morou com suas tias e após isso, se mudou para casa da genitora", disse o advogado. A situação chocou bastante o bairro pela dimensão do caso - a delegada Cynthia Gomes, que atendeu o caso na manhã do último domingo, revelou ao TopMídiaNews que foram mais de 20 facadas, com 9 sendo diretamente no rosto.

Informações colhidas no local apontavam que o adolescente não estava em casa durante a noite. O advogado disse que o menor estava no terminal esperando por alguns colegas para sair, "porém, como não apareceram, foi embora para casa".

Os primeiros gritos de socorro, segundo vizinhos, começou por volta das 4h da manhã e horas depois, o silêncio imperava.

A reportagem questionou Jonatas a respeito do adolescente ter sido vítima de furto da própria mãe, já que ele trabalhava como menor aprendiz e recebia um salário. O advogado salientou que o cliente não afirmou com tanta clareza esse episódio, "pois o mesmo trabalhava há apenas três meses".

Sobre possíveis denúncias de maus-tratos, o advogado confirmou que o adolescente não procurou as autoridades para denunciá-la, mas frisou que o relacionamento entre eles era bastante conturbado.