Após analisar os documentos adquiridos na Operação Pecúnia, o MPE (Ministério Público Estadual) ofereceu denúncia contra o prefeito afastado Gilmar Olarte e sua esposa, Andréia Olarte, que completam dez dias de prisão nesta quinta-feira (25), por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O advogado de defesa do casal, João Carlos Veiga afirmou ao TopMídiaNews que continua aguardando resposta diante do pedido de Habeas Corpus impetrado no STJ (Superior Tribunal de Justiça), solicitando a soltura tanto de Gilmar quanto de Andréia. A defesa alegou no documento que não existem razões para manter o casal "atrás das grades", já que documentos foram apreendidos e todos os presos foram ouvidos.
A defesa explica ainda, que Andréia Olarte continua presa na sede do Garras (Grupo Armado de Resgate e Repressão a Assaltos e Sequestros), mas dessa vez, sem nenhuma companhia. "Ela ainda está no Garras na cela sozinha".
A ex-primeira-dama estava dividindo cela com uma mulher que teria sido presa por fazer parte de uma quadrilha de assaltantes. Como Andréia é graduada, o advogado impetrou um pedido de cela individual ou na presença de pessoas que tenham a mesma qualificação profissional da esposa do prefeito afastado.
De acordo com o advogado, a transferência da ex-primeira-dama para o Presídio Feminino foi liberada pela Justiça, mas ainda não aconteceu por "falta de pessoal de operações" e Andréia continua aguardando a transferência.
Questionado sobre um prazo diante do pedido de soltura, João Carlos destaca que a qualquer momento pode sair a decisão de soltura. "O pedido está normal, concluso com o ministro Antônio Saldanha". A defesa garante que a soltura do casal está próxima, já que eles possuem documentos que comprovam a inocência diante das acusações.
Andreia é acusada de adquirir diversos imóveis através de transferências bancárias, dinheiro e depósitos, com valores que não condizem com a realidade financeira da família, durante a gestão de Gilmar Olarte na Capital.
De acordo com o processo, o casal contou com a ajuda de Ivamil Rodrigues, que é corretor de imóveis e braço direito da família nas aquisições imobiliárias fraudulentas, e de Evandro Farinelli, apontado como a pessoa que cedia o nome para que os imóveis fossem adquiridos em nome de Andreia Olarte.