Alisson Patrick Vieira da Rocha, 22 anos, considerado o pivô do crime que vitimou a manicure Jeniffer Nayara Guilhermete de Moraes, 22, também foi preso por homicídio. A esposa dele, Gabriela Antunes Santos, de 22 anos, é a principal suspeita de ter armado o assassinato de Jeniffer por ciúmes do companheiro. Leia aqui.
Rocha foi preso na última sexta-feira (11), no Bairro Nova Bahia, região norte de Campo Grande. Segundo o delegado Alexandre Evangelista, da 2ª Delegacia de Polícia Civil da Capital, ele foi detido pela morte de Thiago da Silva Martins, mas sem envolvimento algum com a morte de Jeniffer.
Thiago era uma travesti, conhecida como Adriana Penosa, que foi morta no dia 22 de março do ano passado, após ter se envolvido em uma confusão com Gabriela. Alisson conta que Thiago e a esposa estavam fumando maconha na casa do casal, quando houve um desentendimento e Rocha atirou contra a travesti, que acabou morrendo, na região do Bairro Morada Verde.
"Ele estava louco e me defendi", tenta explicar Alisson.
Ainda segundo o delegado, após a morte de Thiago, um adolescente de 16 anos assumiu o homicídio, mas testemunhas revelaram que o suposto autor seria Alisson e não o menor. Após certo tempo, o adolescente acabou assumindo que ele não seria o autor dos disparos e sim Allison. A polícia não sabe se o suspeito pagou, ou pagaria dinheiro para o menor mentir a autoria do crime, mas Alexandre acredita que o motivo seria a pena pelo homicídio, já que se o adolescente assumisse, ele ficaria detido no máximo três anos.
(Delegado Alexandre Evagelista. Foto: Anna Gomes)
Mesmo com um histórico grande de brigas, Allison teria matado a travesti pela a esposa, e Gabriela teria matado Jeniffer por ciúmes do marido. Gabriela acreditava que Alisson se envolvia com Jeniffer enquanto estavam casados, Rocha nega e diz que se relacionou sim com Jeniffer, mas há três anos, quando estava separado de Gabriela.
Já a esposa de Alisson está presa por confessar ter matado Jeniffer, juntamente com duas colegas, sendo uma de 19 e outra de 16 anos. O crime aconteceu no último dia 16 de janeiro, na MS-040, em uma região conhecida como inferninho, na Capital.
Gabriela teria planejado a morte da manicure e ainda revelou que a arma usada, um revólver calibre 38 seria de Alisson. Ele, na contramão, nega que seja dono da arma, que também não seria a mesma usada para matar Thiago.
Alison voltou a se esconder após a prisão de Gabriela e, durante as investigações policiais. O celular dele foi rastreado e a polícia suspeita que o rapaz tenha passado pelo Paraguai e pelo Rio de Janeiro, mas ele nega, dizendo que sempre ficou em Campo Grande.
A advogada de defesa de Alisson, Rosana D'Elia Bellinati, diz que vai entrar com um pedido alegando que as ações do suposto autor seriam em legítima defesa. Quando interrogada sobre a questão de tanto Alisson e Gabriela matarem um pelo outro, ela disse que se trata de 'um amor bandido'.
Alisson deve responder por porte ilegal de arma de fogo, corrupção de menores e homicídio qualificado e deve ser encaminhado ao Presídio de Trânsito.