Uma testemunha, amiga há cinco anos de Evaldo Christyan Dias Zenteno, 21 anos, acusado de matar o filho Miguel dos Reis Zenteno, de 2 anos, garantiu que ele não tentou matar o filho em outra ocasião, conforme alega nova denúncia do Ministério Público.
Durante audiência realizada nesta segunda-feira (17), em Campo Grande, ela destacou que ele “era um pai carinhoso e atencioso, inclusive, ficava mais com ele [Miguel] do que com a mãe”.
Segundo ela, sobre a acusação da avó de que Evaldo teria derrubado a criança da cama de forma proposital, ela disse que estava na casa com o acusado e a família na ocasião.
Ela contou que estava fazendo almoço e que as crianças brincavam de fato em uma cama, que era muito alta, momento em que Miguel teria caído.
Ainda segundo ela, o filho foi ao seu encontro e disse: “mamãe, o Miguel caiu”. Ela reforçou que Evaldo não estava no quarto, sendo assim, não teria como ter jogado a criança no chão.
Nesta audiência, um policial que atendeu a ocorrência também foi ouvido. A próxima audiência ficou marcada para o dia 10 de março, onde Evaldo vai prestar depoimento, assim como a mãe da criança, Thayelle Cristina Bogado dos Reis.
Entenda
Como a avó disse, em juízo, que Miguel teria sido agredido pelo pai uma semana antes de ser assassinado, o juiz solicitou a juntada do prontuário médico da criança, que teria sido atendida em uma unidade de saúde de Aquidauana. Conforme a avó, Evaldo teria empurrado o filho da cama.
A avó disse que Miguel chegou a desmaiar e Zenteno disse que ele teria caído da cama. Após atendimento médico, a avó disse que perguntou para o menino sobre o machucado e ele confirmou que o ‘papai o empurrou da cama”.
Nesta segunda audiência, Evaldo se manteve sem expressão, quieto. Ele não foi ouvido devido ao pedido da Promotoria de mudança na qualificação do crime.