Uma mulher de 27 anos, mãe de uma criança que ficava na creche clandestina de Naviraí, que terá o nome preservado, disse que a filha de 5 anos contou ontem (11), que já viu a dona do local dizendo que iria cortar o ‘pipi’ de dois alunos.
A mãe viu que a dona do local, Caroline Florenciano dos Reis Rech, 30 anos, foi presa por torturar uma aluna e resolveu conversar com a filha.
A menina de 5 anos relatou que viu um aluno fazer xixi nas calças.
A dona ficou extremamente irritada e disse que cortaria o ‘pipi’ dele e de outro aluno, que também já teria urinado nas calças horas antes.
Conforme o processo, a menina contou também, que a dona do local mandou os outros alunos se posicionarem em uma roda.
Ela mandou todos xingarem os dois de ‘mijões’. A menina contou ainda, que Caroline deu um tapa no rosto do menino que urinou nas calças.
A menor disse também, que a bebê que foi espancada ontem, levada empurrões toda vez que despertava do sono.
O caso
Caroline teria agredido uma bebê de 11 meses e foi flagrada cometendo o crime em tempo real pela Polícia Civil.
Ela e uma funcionária teriam dopado a criança e ficaram gritando no local, dizendo que quando a menina começasse a andar, “estariam lascadas”.
As duas foram presas por uma equipe da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher).
A equipe conseguiu autorização judicial para instalar câmeras escondidas na creche. O trabalho foi feito pela Inteligência da Polícia Civil.
Além de investigadores, a delegada Sayara Quinteiro Martins Baetz, responsável pelo caso, e o adjunto do Departamento de Inteligência Policial, Gustavo Adolpho Bianchi Ferrari, assistiam ao que acontecia com as crianças.
A criança estava em um colchão no chão, sozinha, e havia saído do local. A cuidadora pega a pequena e joga de volta no acolchoado.
“Foi perceptível a violência empregada por Caroline, bem como a intenção de castigar a pequena criança em virtude do choro”, disse a delegada Sayara Baetz.
Minutos depois, às 10h48, a garotinha voltou a chorar e apanhou. A investigada xingou a criança de “sem vergonha” e comentou com a funcionária que quando a menina começasse a andar, “estavam lascadas”.
A bebê continuou chorando sozinha, mas logo parou. A menina foi dopada e dormiu.
Os policiais foram até o local e efetuaram a prisão das suspeitas.
A equipe do monitoramento notou ainda que as duas mulheres ficavam o tempo todo sentadas, mexendo no celular, sem olhar para as outras crianças no ambiente.