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Polícia

27/11/2017 09:00

Ainda em coma, jovem atropelado passa por testes de morte encefálica

Rapaz já passou por dois testes clínicos e um terceiro deve ser realizado nas próximas horas

A vítima de atropelamento, Lucas Henrique Souza Mateus, de 21 anos, passa por testes clínicos de morte encefálica. Conforme a assessoria de imprensa da Santa Casa, onde ele está internado em estado gravíssimo há dois dias, o rapaz  já passou por dois testes e um terceiro deve ser realizado nas próximas horas. 

Lucas foi atropelado na madrugada de sábado (25) pelo estudante de medicina, Rodrigo Souza Augusto, de 24 anos. O atropelamento aconteceu na Avenida Ceará, no cruzamento com a Rua Euclides da Cunha, na região central da Capital. Com o impacto, a vítima foi arremessada a cerca de 10 metros do local de colisão. Ele teve um TCE (Traumatismo Craniano Encefálico), fratura no tórax e na perna direita, além de um edema no cérebro.

Rodrigo chegou a ser preso no momento do atropelamento, mas foi liberado da prisão no mesmo dia dos fatos, após pagar fiança no valor de 54 salários mínimos, ou seja, R$ 50.598,00. Augusto foi liberado após o juiz plantonista Aldo Ferreira da Silva Junior aceitar pedido de habeas corpus na tarde do último sábado. Segundo a decisão, ele deverá comparecer mensalmente ao fórum para informar e justificar suas atividades e está proibido de deixar a cidade sem prévia autorização judicial.

Além disso, Rodrigo é obrigado ao recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga; monitoração eletrônica para a fiscalização do cumprimento das medidas de proibição; suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, com prazo inicial de seis meses ou até o julgamento da ação penal.

“O descumprimento de qualquer das obrigações estabelecidas ou o não comparecimento aos atos do processo para os quais for chamado, poderá ensejar novo decreto de prisão preventiva”, enfatiza o juiz.

O acidente

Lucas atravessava a rua com um grupo de amigos quando foi colhido por um veículo HB20 de cor branca. Segundo o delegado que investiga o caso, Hoffman D'Ávila Cândido e Souza, o sinal estava verde para o motorista, mas a vítima estava na faixa de pedestres, quase ao final da rua, o que não ameniza a situação.

Rodrigo aguardou a chegada do socorro no local e não tem ficha criminal. Porém, conforme Hoffman, ele estava com 0,85 ml de álcool por litro de sangue, quando os casos de multa administrativa são de até 0,3 ml/l. Também estava cambaleante e com olhos vermelhos na hora da autuação.

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