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Polícia

15/08/2019 16:39

Agressor simula sequestro para se aproximar da ex-mulher e acaba preso

Acusado disse que tudo não passou de uma brincadeira e que o intuito era 'atazanar' a vítima, que supostamente teria feito a cabeça dos filhos para se afastarem dele.

Um agressor, que havia sido proibido pela Justiça de se aproximar e fazer contato com a ex-mulher, foi preso pela Polícia Civil em Aquidauana, após simular um falso sequestro para fazer contato e tentar coagir a vítima e uma adolescente de 15 anos, filha do casal.

Conforme registro na Polícia Civil, ontem (14), R. R. F. A., 38 anos, estava em casa quando começou a receber ligações telefônicas de um indivíduo que disse pertencer a uma facção criminosa e que havia sequestrado o ex-marido dela A. A., 38 anos, que teria 15 minutos para se despedir dos filhos. Segundo relatos da vítima, tal pessoa ainda teria dito que iria lhe dar um tiro na cara.

Ligação idêntica foi recebida pela filha do casal, uma adolescente de 15 anos de idade que estava na escola e temendo pela vida de seus pais, resolveu procurar a Polícia Civil e denunciar o caso.

Durante a averiguação dos fatos, os investigadores do Setor de Investigações Gerais (SIG) da Polícia Civil, juntamente com policiais da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) foram até a casa do suposto raptado, na Rua Plínio Leite, em Aquidauana, e o encontrou bebendo na companhia de mais três amigos, que teriam ajudado na simulação do falso sequestro.

Ao ser indagado sobre as ligações, o acusado disse que tudo não passou de uma brincadeira e que o intuito era atazanar a ex-mulher, que supostamente teria feito a cabeça dos filhos para se afastarem dele.

Medidas Protetivas

Como a mulher possui medidas protetivas, deferidas no início deste ano pela Justiça, que impedem o acusado de fazer contato ou se aproximar da vítima, ele foi preso, juntamente com os amigos A.L. B., 32 anos, E. M. X., 27 anos e O. V. R., 36 anos, sendo todos encaminhados para a 1ª Delegacia de Polícia Civil de Aquidauana, onde foram autuados por ameaça e descumprimento de decisão judicial.

Conforme relatos da vítima à Polícia Civil, ela conviveu por 17 anos com o acusado que constantemente a agredia física e verbalmente, bem como batia na filha adolescente com fios, provocando cortes e sangramentos. Eles se separaram há 2 anos, mas o homem não aceita o fim do relacionamento e passou a ameaça-la e por isso solicitou medidas protetivas.

A mulher disse ainda, que antes de receber o telefonema do falso sequestro, que o acusado havia lhe telefonado dezenas de vezes. Nas primeiras ligações teria utilizado como desculpa o fato de querer falar com os filhos que estavam na escola, mas nos telefonemas sequentes teria proferido xingando e a ameaçando de morte.

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