A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) se manifestou após as acusações da mãe de Darlon Alves Lemos, o travesti morto em uma cela do IPCG (Instituto Penal de Campo Grande) e alegou que o interno não informou nenhuma rixa ou desentendimento com os demais membros da cela.
O caso aconteceu durante a tarde de sábado (22), quando internos chamaram equipes do presídio para mostrar a cela onde o detento estava sem vida, com as mãos e os pés amarrados. Dois internos, que estavam com Darlon na mesma cela, foram presos em flagrante - um deles, já cumpria pena por homicídio cometido em Paranaíba.
Em nota encaminhada para a reportagem, a Agepen ainda destacou que Lemos estava em cela disciplinar com outros dois indivíduos do grupo LGBTQIA+ desde o dia 17 de março, conforme o protocolo. "Ele não pediu para ser retirado", disse a nota.
A mãe do detento também disse que não teria sido avisada, mas foi rebatida pela Agepen, onde foi informado que a familiar foi informada sobre a situação, que "como se tratava de fim de semana, dia de visitas, e que a assistente social não está no presídio, os outros visitantes conseguiram falar antes com ela".
Ela também teria reclamado sobre os preços da cantina dentro do presídio, o que também foi explicado pela administração do presídio.
"Com relação à cantina, está prevista na Lei de Execução Penal, com preços tabelados conforme o mercado e monitoração do Ministério Público e do Judiciário, com recursos destinados ao Fundo Penitenciário Estadual", finaliza.