Após a fuga dos presos Milcíades Ramon Merlo Trinidad, de 26 anos, de nacionalidade paraguaia e o brasileiro, Anilson Ricardo Nerys, de 37 anos, que é natural de Goiás, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul (Agepen) abriu sindicância através da corregedoria, para apurar as circunstâncias da fuga.
Foi o que informou ao Diário Corumbaense na manhã desta segunda-feira (2), a assessoria de imprensa do órgão.
Além disso, o Comando do 6° Batalhão da Polícia Militar de Corumbá, também irá abrir inquérito administrativo, já que 10 policiais se revezam diariamente para fazer a segurança externa do presídio.
Os detentos fugiram logo nas primeiras horas da última sexta-feira (30). Eles usaram escadas para fugir do Estabelecimento Penal Masculino. A ação da dupla foi percebida por volta das 06h15, quando um agente penitenciário constatou que o cadeado da cela onde eles estavam, com mais 10 internos, foi arrombado.
Ação planejada e ousada
Conforme apurado pela reportagem, a ação dos fugitivos foi considerada ousada e bem planejada. Os detentos arrebentaram o cadeado da cela, saíram em direção ao muro, onde então, foi lançada uma escada, para que eles pudessem pular a estrutura, e uma outra escada já havia sido colocada do lado de fora para que fugissem.
O muro do Estabelecimento Penal de Corumbá tem aproximadamente cinco metros de altura. As Polícias continuam com as buscas para capturar os dois presos. Atualmente, o presídio masculino abriga mais de 650 detentos que cumprem pena em regime fechado.
Homicídios e tráfico de drogas
Milcíades, que é paraguaio, cumpria pena de 20 anos de prisão por latrocínio e estava no presídio de Corumbá desde 10 de agosto de 2018. Já o brasileiro Anilson, foi condenado pela Justiça a uma pena de 30 anos por tráfico de drogas e também homicídio.
Foi extraditado da Bolívia e entregue à Polícia Federal do Brasil no dia 28 de junho deste ano, na ponte que limita a fronteira entre Corumbá e o país andino. Anilson foi preso na cidade de Santa Cruz de la Sierra e desde então estava cumprindo pena no presídio da cidade.
Conhecido como “Rei”, ele foi preso pela FELCN (Força Especial de Luta contra o Narcotráfico) após colaboração e troca de informações entre as duas instituições policiais. Anilson, é condenado por diversos crimes, como homicídio e tráfico de drogas. Ele se escondia na Bolívia com documentos falsos.