Advogado Conrado Passos, defensor de Luís Alberto Bastos Barbosa, 29, preso desde julho do ano passado, em Campo Grande, por matar a namorada, a musicista Mayara Amaral, 25, disse que vai defender a tese de que seu cliente cometera o crime por influência de problemas mentais.
Na tarde desta segunda-feira (2) ocorre a primeira audiência judicial do caso, na 2ª Vara do Fórum de Campo Grande. Oito testemunhas prestarão depoimentos, entre as quais a mãe da vítima, o irmão do acusado e os policiais que atenderam o caso. Luís Alberto matou Mayra com golpes de martelo, dentro de um motel. O casal enfrentava crime e a musicista desejava romper a relação.
Passos afirmou que Luís enfrenta há tempos problemas de “insanidade mental”. Ao pé da letra, o argumento do defensor tem esse significado: loucura, demência, doidice, insânia e também pode servir para indicar a condição de uma pessoa insensata ou insana.
Para a polícia, Luís matou a namoradora para roubá-la. Tanto que depois do crime, ele ficou com pertences de Mayara, como instrumentos musicais e o carro dela.
O advogado irritou-se com os jornalistas que insistiam na pergunta acerca da qualificação do crime. “Não foi crime de latrocínio [roubo seguido de morte] ou feminicídio. Foi homicídio simples. Ele nunca roubou ninguém”, repetiu o advogado. Passos disse ainda que antes do crime, já por sintomas de insanidade, o rapaz teria procurado ajuda médica.
Familiares da musicista acompanham a audiência e pedem pena máxima ao réu, que foi preso um dia depois do crime, em julho do ano passado.