Advogado Edmar Soares da Silva, da ACS (Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul), defensor de 15 dos 20 militares que foram presos na semana passada, no âmbito da Oiketicus, operação do Gaeco, esfera do Ministério Público Estadual, que investiga esquema de corrupção envolvendo PMs com organização criminosa ligado ao contrabando de cigarros, afirmou que as provas produzidas contra seus clientes são “frágeis demais”.
Para apontar um desses pontos frágeis, o advogado citou as interferências telefônicas com diálogos de militares, procedimento autorizado judicialmente.
No caso, Edmar da Silva disse que as gírias conversadas pelos militares, tidas, para o Gaeco, como uma espécie de código para dificultar o entendimento, “não querem dizer nada, não tem como provar nada”.
Na interpretação do Gaeco, o linguajar dos militares, dito pelo telefone teria a ver com estratégia para favorecer as ações dos contrabandistas.
“Meu trabalho é esse, o de dizer que são fracas as provas do Gaeco”, afirmou o defensor.
O advogado afirmou que seis de seus 15 clientes foram ouvidos na manhã desta quarta-feira e outros dois serão ouvidos à tarde.
Os PMs foram presos porque, segundo o Gaeco, recebiam propina para beneficiar o contrabando de cigarros em MS.