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Polícia

há 7 anos

Adolescente diz que Kauan foi violentado e morto; outras crianças também foram abusadas

Corpo da criança continua desaparecido, mas tudo indica que o menino tenha sido assassinado

Desaparecido há quase um mês, o menino Kauan Andrade dos Santos, 9 anos, teria sido violentado e morto durante o ato sexual por um adolescente de 14 anos e um homem de 38 anos. É o que revela a investigação conduzida pelo delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da DEPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente).

Em entrevista na tarde deste sábado (22), o delegado afirmou que as investigações sobre o desaparecimento da criança de 9 anos, que começaram no mês passado, levaram os policiais até uma casa no bairro Coophavilla, onde o crime teria sido cometido. No entanto, o corpo do menino ainda não foi encontrado.

Em depoimento, o adolescente de 14 anos confessou ter levado Kauan para a casa do pedófilo para ter relações sexuais com ele. Conforme o delegado, durante o ato sexual, a criança começou a chorar e pedir para ir embora, mas o homem de 38 anos não parou e pediu ajuda do adolescente para segurar as mãos de Kauan.

Como os gritos continuaram, o criminoso teria segurado a boca da criança, até que ela desfaleceu, possivelmente morta por asfixia. O adolescente contou ainda que, assustado, colocou o corpo de Kauan em um saco plástico preto e jogou no rio. Até o momento, no entanto, os bombeiros encontraram apenas cabelo humano, que vai ser periciado.

O segundo suspeito, de 38 anos, nega qualquer envolvimento no crime. Porém, na casa indicada pelo adolescente, a polícia encontrou vestígios de sangue e vasto material pornográfico, além de fotos do homem com outras crianças. De acordo com Lauretto, outras duas vítimas já foram identificadas.

Caso é investigado na DEPCA - Foto: André de Abreu

O delegado explica também que o pedófilo já era conhecido na região por levar crianças até a casa dele e oferecer dinheiro em troca de serviços sexuais. Morando sozinho, o homem contava com a ajuda do adolescente de 14 anos, que aliciava crianças sempre de famílias muito humildes.

Conforme a polícia, o adolescente cuidava carros para arrecadar renda no horário em que a mãe acreditava que ele estava na escola. Além disso, ele teria participado dos abusos sexuais de outras crianças, assim como de Kauan. Há a possibilidade de ser criada uma força-tarefa, nas próximas semanas, para continuar as buscas pelo corpo da última vítima.

A Justiça decretou a prisão preventiva do homem e ele deverá responder por ocultação de cadáver, exploração sexual, estupro de vulnerável e armazenamento de imagens pornográficas de menores de idade. Ele já prestou depoimento e será encaminhado para a Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos).

Já o adolescente será encaminhado para a Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude) e, posteriormente, para a Unei (Unidade Educacional de Internação).

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