O irmão de Alex de Azevedo Pereira, de 31 anos, indicou versão diferente dos fatos que levaram ao assassinato de Agnaldo César de Souza, de 37 anos, morto a tiros no início da tarde desta segunda-feira (10), na rua Francisco Amaral Militão, no bairro Alves Pereira, em Campo Grande.
Conforme Fábio Henrique de Azevedo, de 36 anos, a família não tinha conhecimento da arma usada no crime e suspeita que ela deve ter sido adquirida recentemente, pois Alex estaria sofrendo ameaças da vítima.
Ainda de acordo com a versão apresentada pelo irmão do acusado, Agnaldo teria invadido a casa da ex-mulher porque queria levar a sua filha, de 14 anos, para ir morar com ele. No entanto, essa tentativa teria sido recusada pela adolescente.
Fábio ainda afirmou que a vítima suspeitou que a ex-mulher e o padrasto estariam forçando para a menina não ir, mas a adolescente é quem não queria ir e, por isso, estaria se sentindo culpada, por não ter deixado explícito que não queria ir morar com o pai.
Adolescente abalada
A adolescente ficou em estado de choque ao ver a cena e chegou a abraçar o corpo do pai, ficando com marcas de sangue por todo o corpo. O crime ocorreu na garagem da residência da família.
Logo após ouvir os disparos, a menina desmaiou em algumas ocasiões e precisou de amparo de familiares. Bastante emocionada, ela 'se culpa' pela morte do seu pai por 'provocar' a ida de Agnaldo até a sua residência.
Morte a tiros
Agnaldo César foi assassinado com pelo menos quatro disparos. Na residência, Alex solicitou uma conversa mais 'privada' com Agnaldo e ambos foram até a garagem, mas em determinado momento houve uma discussão e, pelas costas, o autor teria efetuado um disparo contra a vítima. Posteriormente, fez mais três disparos, que atingiram o peito do homem.
A URSA (Unidade de Resgate e Suporte Avançado) do Corpo de Bombeiros esteve no local, mas Agnaldo já caiu sem vida e não teve tempo de ser socorrido.
Logo após o crime, Alex teria fugido pelo bairro, mas informações preliminares apontam que o ele foi localizado e preso por equipes do Batalhão de Choque, que estiveram empenhadas no atendimento à ocorrência e teriam efetuado a sua prisão minutos após o assassinato.