Carlos Fernando Soares, acusado de assassinar Márcia Catarina Lugo Ortiz, 57 anos, com um tiro na cabeça, limpou a conta da vítima e ainda fez compras no cartão de crédito, em Campo Grande.
“Ele tinha a senha dos cartões, tanto da Marcia, quanto da Mãe da Marcia. Sobre as contas da mãe, poucos dias antes da morte de Marcia, ele fez várias transferências por pix para a conta dele. Um total de de R$ 104 mil de transferência. Depois, ele transferiu mais de R$ 120 mil da conta da Marcia. Não satisfeito, ele zerou a conta e ainda comprou mais R$ 8 mil em roupas para ele e para mãe dele, usando cartão de crédito, deixando a conta negativa”, explica o delegado.
Para a filha de Marcia, Carlos disse que estava no momento da morte e disse que um agiota teria efetuado o disparo que matou a mulher.
“Fizemos trajeto dos últimos passos da vítima em vida. Ele falou que parou no Tarumã, na frente de um mercado, conversou com a irmã, e alega que estava com a Marcia, tentando flagrar o marido dela com uma possível amante. Ele falou que foi abordado na Avenida Bom Progresso. Estava na Caminhonete Sw4, de cor preta. Falou que estava China e Fernando, acreditamos que ele inventou esse Fernando. Falo que o China começou a cobrar uma dívida e que Marcia saiu em sua defesa. O Carlos tinha um revólver calibre .38 guardado em uma bolsa. Ele disse que a arma caiu no chão, que o China pegou, engatilhou e atirou em sua direção, acertando a Marcia”, conta o delegado.
Em depoimento, Carlos disse que Marcia estava no banco da frente. A Perícia aponta que o corpo de Marcia foi transportado no banco traseiro da caminhonete.
Além disso, a polícia recuperou imagens de câmeras de segurança do lava-jato de Carlos, que foram deletadas. Ele aparece lavando a caminhonete da vítima.
“Ele lavou, depois ele tentou levar no funileiro para consertar o tiro que pegou no carro. Dois dias depois, ele levou o carro no tapeceiro. Tudo foi investigado e não existe nenhuma imagem, nenhum fato que comprove a versão apresentava pelo suspeito”, diz o delegado.
Conforme o delegado, imagens comprovam que o agiota, apontado por Carlos como assassino, estava em casa na hora que Marcia foi executada.