Alex de Azevedo Pereira, 31 anos, acusado de matar Agnaldo César de Souza, de 37 anos, no ano passado, prestou depoimento na frente da mãe e da irmã da vítima, durante audiência de instrução e julgamento, realizada pela 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande.

Ele foi ouvido por videoconferência e disse que matou para se defender. 

Alex confessou que matou Agnaldo na frente da filha da vítima, de 14 anos. O crime aconteceu no dia 10 de outubro do ano passado.

Ele teve uma discussão com Agnaldo e contou que já portava uma arma há 16 dias. 

Azevedo disse que foi alvo de disparos de arma de fogo e acredita em vingança por parte de amigos e familiares da vítima.

De acordo com o processo, o advogado do suspeito juntou um boletim de ocorrência nos autos, alegando que Alex foi vítima de tentativa de homicídio em dezembro do ano passado.

Ele retornava de uma igreja, acompanhado do filho e da esposa, quando foi baleado no dia 2 de dezembro de 2022.

Alex foi baleado após descer de um carro de aplicativo. Ele relatou que dois homens que estavam em uma moto se aproximaram e efetuaram os disparos. 

Ele foi encaminhado para a Santa Casa, passou por procedimento cirúrgico e foi liberado.

Alex vai a júri popular. O julgamento ainda não foi marcado.

Homicídio 

Alex matou Agnaldo na frente da filha da vítima, de 14 anos. O crime aconteceu no dia 10 de outubro do ano passado.

A menina ficou em estado de choque ao ver a cena e chegou a abraçar o corpo do pai, ficando com marcas de sangue por todo o corpo. 

O crime aconteceu na garagem da residência da família, no bairro Alves Pereira, em Campo Grande.

Logo após ouvir os disparos, feitos pelo padrasto, a menina desmaiou em algumas ocasiões e precisou de amparo de alguns familiares que estavam pelo local.

A inimizade aconteceu por causa de uma briga familiar envolvendo o pai da adolescente e o padrasto.

A vítima esteve na casa da ex-mulher para tratar da possibilidade de passar o feriado prolongado na companhia de sua filha.

Na residência, Alex solicitou uma conversa mais 'privada' com Agnaldo e ambos foram até a garagem, mas em determinado momento houve uma discussão e, pelas costas, o autor teria efetuado um disparo contra a vítima.

A URSA (Unidade de Resgate e Suporte Avançado) do Corpo de Bombeiros, esteve no local, mas Agnaldo já caiu sem vida e não teve tempo de ser socorrido.