Lar para idosos ''Aconchego da vovó'', que fica na Vila Planalto, rebateu acusações de uma mulher, de que a mãe, de 82 anos, teria sofrido ferimentos dentro da instituição, em Campo Grande. As fraturas existem, mas seriam anteriores à hospedagem da vítima, diz a gerente.
Conforme dito pela gerente, que estava irritada e não autorizou a divulgação do nome, a vítima, de 82 anos, ficou três dias – de 7 a 10 de outubro, na instituição. Ela foi levada, acompanhada quase todo o tempo e retirada por um dos filhos, reforça a administradora.
No mesmo dia que deixou o lar, a instituição teria sido informada que a paciente apresentava ferimentos. A gerente diz que um membro do Lar foi até a residência da idosa, a buscou e levou ao UPA Leblon. De lá, a vítima foi encaminhada ao CEM.
''Lá no CEM foram constatadas várias fraturas anteriores... estamos laudados'', garante a gerente, que questionou a idoneidade e honestidade do repórter e do site de notícias.
A responsável explicou ainda que as calcificações nas fraturas são a prova que o problema ocorrera antes da hospedagem. A reportagem pediu os laudos, mas ela disse que só entrega pessoalmente.
''Embora não fosse responsabilidade nossa, demos todo o suporte de remédios... ela foi assistida por nós'', respondeu a gerente, novamente agressiva. Também disse que quando da hospedagem, ninguém noticiou fratura na hóspede.
A casa diz que registrou o fato em um livro de ocorrências, mas não foi à polícia, porque entendeu ''não haver necessidade''. A gerente disse que a filha da idosa teria pedido imagens de câmeras de monitoramento e que isso foi disponibilizado, mas ninguém foi buscar. A responsável aponta ainda que a família da paciente foi omissa ao não relatar a diabetes da paciente.
Entenda o caso
A denunciante registrou boletim de ocorrência, na 5ª DP, em Campo Grande, acusando o lar de negligência. A filha disse que, assim que buscou a mãe na instituição, no dia 10 de outubro, percebeu um hematoma no cotovelo da idosa.
A filha, segue o documento, acionou a responsável pela casa, que teria sugerido passar uma pomada e massagear a área afetada, além de dar dipirona para a paciente.
No dia seguinte, a filha percebeu o hematoma aumentar e acionou a gerente novamente. A gestora disse que iria ajudar e teria acionado uma conhecida que atua no posto de saúde do Vila Almeida, onde teria radiografia e o atendimento seria mais fácil e rápido, pois tinha contato lá.
Questionada, a gerente da casa se dispôs a pegar imagens das câmeras de monitoramento, mas que não poderia dar respostas naquele momento. No mesmo dia, a gerente e demais funcionários foram a casa da idosa e a levaram até a unidade de saúde da Vila Almeida, onde a fratura foi constatada após radiografia.
Instantes depois, a médica da unidade sugeriu levar a idosa para o CEM, para um atendimento mais detalhado. Lá, foi feita nova radiografia, constatando a fratura no cotovelo e a idosa medicada.
A denunciante diz ter o registro de todas as conversas com a gerente, além dos laudos médicos e prometeu levá-las à polícia.