A morte de Wesner Moreira da Silva, 17 anos, completa 4 anos e a família continua à espera da punição dos acusados de cometer o crime, em Campo Grande. O rapaz teve uma mangueira de lava-jato introduzida no ânus no lava-jato onde prestava serviços, no Jardim Morumbi, no dia 3 de fevereiro de 2017, e morreu no dia 14 do mês mesmo.
A família do adolescente realizou um protesto neste sábado (13), no cemitério Monte das Oliveiras. Todos vestiam a camiseta com a foto do jovem e utilizaram um cartaz para clamar por justiça.
Os acusados de cometer o crime, Thiago Giovani Demarco Sena e Willian Henrique Larrea, serão levados a júri popular. “Falta marcar a data, estamos aqui esperando. Nossa arma é ir para frente. Não deixar cair no esquecimento, eles nunca foram presos, estão soltos, rindo da justiça, até agora para eles está tudo bem, nós perdemos um filho maravilhoso, menino trabalhador”, diz a mãe de Wesner, Marisilva Moreira da Silva, 47 anos.
Ela destaca que o acusado William, era ‘chegado’ da família. “Ficamos muito triste, vivia dentro da nossa casa, comia e bebia aqui dentro, eles mataram o menino. William conheceu meu filho desde quando mudamos, desde bebê, desde que ele estava na minha barriga.. Era menino alegre, não tinha malícia, eu falava para ele tomar cuidado, as pessoas são más, ele não acreditava na maldade das pessoas, ainda mais alguém que estava junto com ele, podia entrar e sair, tudo que eu fazia compartilhava com filhos dele”.
Sobre as coisas do filho, Mari afirma que ainda mantém o quarto intacto. “Coloquei coisas dele no guarda-roupa, continua tudo guardado do mesmo jeito. Só arrumei o quarto dele, pintei, mesmo jeito, com coisas dele lá. O Luciano, irmão dele, continua dormindo no mesmo quarto. Eles dividiam o quarto”
"Às vezes parece que estou sonhando que perdi meu filho, parece que vou acordar e ver ele. Eu sonho com ele sempre”, finaliza a mãe chorando.