Uma idosa de 64 anos permaneceu por mais de 1h30 aguardando atendimento médico na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino, em Campo Grande. O caso aconteceu na madrugada do dia 12 deste mês e o local estava vazio. Devido à demora, o filho entrou em uma sala e encontrou médico e enfermeiras conversando. Revoltado, gravou a situação e a equipe médica ainda disparou: 'quer se aparecer'.
Conforme o vídeo encaminhado nesta segunda-feira (20) para o Repórter Top, a idosa chegou à unidade por volta das 4 horas da manhã do dia 12 de novembro, sentindo fortes dores no abdômen e apresentava vômito. Após 1h30 aguardando atendimento, o rapaz resolveu entrar em uma sala da unidade, enquanto a mãe passava mal no banheiro.
Logo que entrou, gravou a situação. Ao chegar na sala, se deparou com o médico e as enfermeiras conversando. "O médico me viu e perguntou para as enfermeiras: quem é esse guri?", relata o jovem, em publicação em rede social. Imediatamente, elas responderam: "está se aparecendo". Ao perceber que estava sendo gravado, o médico também disparou: "que palhaçada!".
O jovem relatou que o médico fechou a janela em que estava e teria se recusado a atender a idosa. "Minha mãe estava sentindo tanta dor que estava vomitando no banheiro. E teve que implorar para o médico atendê-la. Fiquei sem acreditar que o médico disse isso, que fomos ao posto de saúde procurar atendimento no Upa para minha mãe, que tem 64 anos, e que estávamos lá de palhaçada e 'se aparecendo'".
Após trinta minutos de muita insistência, o médico finalmente atendeu a idosa. "O médico teve a cara de pau de dizer 'VOU FAZER ESSE FAVOR PARA VOCÊ SENHORA', vou lhe atender", escreveu o rapaz ao publicar o vídeo.
Veja o vídeo:
Sesau
A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde informou ao TopMídiaNews que o caso chegou até a Ouvidoria e foi encaminhado para o setor responsável para verificar a conduta dos profissionais.
"Caso seja constatada alguma irregularidade e realmente descaso no atendimento serão tomadas as medidas cabíveis: abertura de processo administrativo, sindicância e posterior encaminhamento ao CRM, no caso do médico e Coren, das enfermeiras", encerra a nota.
A Sesau ainda alerta que, em casos como este, qualquer pessoa pode denunciar ligando diretamente na Ouvidoria, por meio do telefone (67) 3314-9955 e formalizar a reclamação.