A variante delta do coronavírus, já circulando no Brasil, está por trás de uma nova onda de infecções em Israel, Reino Unido, Estados Unidos e países asiáticos, como China e Indonésia e preocupa autoridades com relação ao fim da pandemia.
No Reino Unido, por exemplo, a Delta já responde por mais de 90% dos novos casos. E, no Brasil, já são mais de 200 infectados e 20 mortes por essa variante.
Conforme divulgado pela BBC, estudos recentes vêm apontando que essa nova versão do coronavírus é muito mais transmissível e tem maior probabilidade de evadir o sistema imunológico, responsável pelas defesas do nosso organismo.
Segundo um relatório interno vazado do CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças), órgão ligado ao Departamento de Saúde dos EUA, a variante pode postergar o controle da pandemia ao redor do mundo por meio da vacinação.
O documento mostrou que a delta se espalha muito mais rápido, tem maior probabilidade de infectar vacinados e pode desencadear doenças mais graves nos não vacinados em comparação com todas as outras variantes de coronavírus conhecidas.
Também tende a romper com mais facilidade as proteções oferecidas pelos imunizantes.
Em contrapartida, a probabilidade de pessoas vacinadas espalharem o vírus, se infectadas, é muito mais rara em comparação com pessoas não vacinadas, acrescenta a agência no relatório, uma apresentação de slides preparada por funcionários obtida com exclusividade pelo jornal americano Washington Post e reverberada pelo restante da imprensa daquele país nos últimos dias.
No documento, o órgão adverte que a variante delta é altamente infecciosa e argumenta que os funcionários do governo devem "reconhecer que a guerra mudou", considerando quão perigosa ela é.
Segundo o relatório, a variante delta é mais transmissível do que outros vírus da família dos coronavírus, como Mers e Sars, bem como Ebola e varíola, além do resfriado comum ou da gripe sazonal e pode ser tão contagiosa quanto a catapora.
O CDC já havia confirmado que pessoas vacinadas infectadas pela variante delta carregam tanto vírus no nariz e na garganta quanto as não vacinadas e podem espalhá-lo com a mesma rapidez, no entanto, com menos frequência.