Um dia após bater o recorde de mortes diárias, o Brasil chegou aos 300.015 óbitos com dados novos de 10 estados (AL, BA, GO, MG, MS, MT, PR, RN, SP e TO) de covid-19. Casos confirmados são 12.183.338. As informações são do G1.
O número pode estar abaixo do real diante de mudança no sistema de notificação do Ministério da Saúde, adotado após a nomeação de Marcelo Queiroga. A pasta passou a exigir uma série de dados que atrapalham as notificações e que estão em discussão pelas secretarias estaduais.
A mudança gerou subnotificação nesta quarta-feira (24). São Paulo, por exemplo, notificou 281 mortes no dia – a média até então, era de 532 mortes por dia. Na terça, foram 1.021. Mato Grosso do Sul informou 20 mortes, ante uma média diária de 29. Em Santa Catarina, o setor responsável disse que a alteração gerou instabilidade e atraso das notificações.
Segundo o G1, os índices de ocupação de leitos de UTI no Brasil têm 'quadro extremamente crítico'. Com exceção do Amazonas e de Roraima, todos os demais estados estão na classificação de "alerta crítico" de lotação, conforme a Fiocruz. Mato Grosso do Sul não é exceção.
A ameaça de falta de oxigênio hospitalar preocupa autoridades e a população. Seis estados são os mais críticos para falta de oxigênio, segundo a Procuradoria-Geral da República: AC, RO, MT, AP, CE e RN. Outros sete estão em estágio de atenção: PA, BA, MG, SP, PR, SC e RS.
Além disso, as entidades da saúde estão em alerta para uma potencial crise de desabastecimento dos chamados 'kits intubação'. Medicamentos estão em baixo estoque, e a alta no preço deles chega a 1.700%. Em MS, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) informou que está com o estoque vazio e tenta fazer novas compras.
O ritmo de vacinação no país está baixo, segundo especialistas, e também preocupa. Pela 6ª vez, o governo reduziu a previsão de doses das vacinas a serem disponibilizadas. Por fim, o Brasil é o país com o maior número diário de mortes por covid-19 desde 5 de março, quando ultrapassou os Estados Unidos.