Revoltado com o descarte ilegal de lixo em uma reserva ambiental no Portal Caiobá, um operador de máquinas registrou em foto um caminhão que despejava entulho no local. Ele foi xingado e pede providências contra a prática, que além de desrespeito, é crime ambiental.
No local, próximo a rua Afluente, há de tudo um pouco: oferendas, gesso, entulho de construção, televisores, sofás, galhadas de árvores e caixas de leite. No entanto, o mais desagradável é um cachorro morto, já inchado devido a decomposição. A 30 metros de distância é possível sentir o fedor do animal.
''Fizeram ali de lixão. Faz pouco tempo que a prefeitura limpou e continuaram jogando lixo'', diz Willy Benitez Ferreira. Ele conta que era por volta de 20 horas, quando o caminhão parou no local e despejou a sujeira. Um dos homens flagrados tapou o rosto para não ter a identidade divulgada e ainda correu atrás do morador, que apenas cumpriu o dever de repudiar a porcalhada.
Caminhões despejam lixo em reserva do Portal Caiobá. (Foto: Wesley Caiobá)
O morador diz ainda que esta não é a primeira vez que isso acontece. O descarte de lixo proibido ocorre há mais de um ano. Além do mau-cheiro e do prejuízo ao meio ambiente, Willy diz que há outros transtornos.
A reportagem constatou a extensão da área onde os dejetos são jogados aumenta a cada dia. Hoje, o entulho ocupa uma extensão de 150 metros e fica a cerca de 20 metros do Córrego Lagoa.
''Bandidos ficam ali escondido. Tem uma reserva ali e o acesso é difícil'', continua Ferreira.
Lixo já acumula extensão de 100 metros no Caiobá. (Foto: Wesley Ortiz)
Punição
A Prefeitura informou que a 'Operação Destarte' está atuando nos principais pontos onde têm ocorrido o deposito irregular de resíduos. “Quem for autuado será encaminhado para a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista e responderá por crimes ambientais.
As denúncias podem ser feitas por meio do Disque Denúncia 156, podendo ser denunciado junto à Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista (Decat), pelo telefone (67) 3325-2567, na Guarda Civil Municipal pelo 153 e 199 ou na 34º Promotoria de Justiça do Meio Ambiente pelo 3317-4067.
No caso similar ao da reserva do Portal Caiobá, além de apreender as caçambas e autuar as empresas irregulares, os fiscais podem multar o dono da construção, gerador do resíduo, que estará sujeito a multa de no mínimo R$ 2.097,86, podendo chegar a R$ 8.391,44.