Nesta terça-feira (29), a britânica Margaret Keenan, 91 anos, recebeu a segunda e última dose da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Pfizer junto à BioNTech. Ela recebeu a primeira dose no país no dia 8 de dezembro no início da campanha.
O secretário da Saúde e Assistência Social do Reino Unido, Matt Hancock, celebrou o início da distribuição da segunda dose, dizendo ser "fantástico" ver Margaret receber a vacina novamente. "Vamos superar essa pandemia juntos", escreveu ele em uma rede social.
Conforme publicação do Portal Uol, Margaret recebeu a primeira dose uma semana antes de completar 91 anos, definindo a vacina como o "melhor presente de aniversário antecipado". Na ocasião, ela também disse se sentir "muito privilegiada" por ser a primeira pessoa a ser imunizada contra o coronavírus.
Ainda conforme informações do Uol, ela estava isolada desde o início da pandemia e, graças à vacina, pode "pensar em passar um tempo com a família e os amigos no Ano Novo", afirmou. Avó de quatro netos, Margaret usava uma camiseta com tema natalino no momento em que recebeu a primeira dose.
O Reino Unido foi o primeiro país da Europa a vacinar sua população. No último domingo (27), foi a vez de Alemanha, Áustria, Espanha, França, Grécia, Itália, Portugal e República Tcheca darem início a suas respectivas campanhas, também usando o imunizante da Pfizer/BioNTech.
A União Europeia — da qual o Reino Unido não faz mais parte — deve receber 12,5 milhões de doses da vacina até o final do ano, o suficiente para vacinar 6,25 milhões de pessoas com duas doses cada. As empresas estão lutando para atender à demanda global e pretendem fazer 1,3 bilhão de doses no próximo ano.
Vivendo uma aceleração da pandemia atribuída a uma nova variante do vírus, o Reino Unido registrou hoje 53.135 novos casos de covid-19 — um recorde, segundo balanço do governo —, além de 414 mortes. Com isso, país passa de 2,38 milhões de infectados e 71 mil óbitos.
Os números vêm pressionando o governo britânico para adotar medidas mais rígidas, inclusive em relação ao retorno às escolas. Mais de 24 milhões de pessoas (ou 43% da população da Inglaterra) já vivem sob restrições, com bares, restaurantes e pubs fechados.