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CORONAVÍRUS

19/05/2021 15:34

Pazuello diz que Bolsonaro nunca mandou cancelar compra do Butantan

"O presidente nunca me mandou desfazer qualquer contrato ou acordo com o Butantan. Em nenhuma vez", reforçou o ex-ministro

O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, declarou na CPI da Covid, do Senado Federal, que o presidente Jair Bolsonaro jamais o obrigou a cancelar qualquer compra de vacinas do Instituto Butantan ou pediu para ele não dar andamento a essas aquisições.

Ele ainda disse que Bolsonaro nunca o obrigou a nada durante a pandemia. 

Conforme noticiado, o general da ativa do Exército tentou explicar o que ocorreu em outubro de 2020, quando após inúmeras declarações do presidente, o Ministério da Saúde teve de voltar atrás em uma afirmação feita a governadores de que compraria 46 milhões de doses da CoronaVac, imunizante desenvolvido em parceria pelo Butantan e pelo laboratório chinês Sinovac. 

Segundo ele, o anúncio de compra foi um engano seu.

"Na reunião do dia 20, com todos os governadores, estávamos discutindo o PNI (Programa Nacional de Imunização) e a compra de vacinas. Eu tinha assinado no começo de outubro a carta de intenções com o Butantan de compra de 46 milhões de doses. Na verdade, não era um contrato, eu não tinha as disposições legais para fazer assinar ainda."

"Não havia condições de negociar o contrato, mas nós vínhamos conversando com o Butantan."

"O presidente nunca me mandou desfazer qualquer contrato ou acordo com o Butantan. Em nenhuma vez", reforçou o ex-ministro.

Com a insistência do relator da CPI Renan Calheiros (MDB-AL) sobre se concordava ou não com as declarações do presidente contrárias às compras da CoronaVac, publicadas em redes sociais e ditas em conversas com apoiadores em Brasília e em entrevistas, o ex-ministro fugiu da resposta.

"Ele pode ter falado para não comprar, mas para mim ele nunca disse nada. Ordem eu não recebi. Declaração em rede social ou falas do presidente não são ordens."
Pazuello justificou ainda que o presidente da República "fala como chefe de Estado, mas também como agente político".

"Quando ele recebe uma posição de um agente político de São Paulo, ele se posiciona como agente político também.

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