A Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou um avião do tipo bimotor Barun, nesta quarta-feira (25), por suspeita de tráfico de drogas entre Brasil e Bolívia. A aeronave, que não possuía plano de voo, foi forçada a pousar na área do Parque Nacional do Pantanal após não obedecer as medidas de policiamento do espaço aéreo.

Conforme divulgado pela FAB, três aeronaves A-29 e um avião-radar participaram da intercepção que contou com um tiro de aviso, não respeitado, e precisou chegar na última medida prevista, o tiro de detenção.  

A ação faz parte da Operação Ostium que visa coibir o transporte de produtos ilícitos entre as fronteiras, principalmente os ligados ao narcotráfico, na qual atuam em conjunto com a Força Aérea Brasileira, a Polícia Federal e órgãos de segurança pública.

O caso

As aeronaves de defesa aérea e o avião radar foram empregados para monitorar e interceptar o avião que sobrevoava a região norte de Corumbá. O piloto de defesa interrogou o piloto do bimotor, mas não obteve resposta. Nesse momento, a aeronave foi classificada como suspeita.

Na sequência, o piloto da FAB ordenou a mudança de rota e o pouso obrigatório no aeródromo de Cuiabá (MT), porém o piloto do avião interceptado não obedeceu. Foi necessário que a defesa aérea comandasse o tiro de aviso, informando que o avião interceptado pousasse no aeródromo mais próximo. Ainda sem retorno, foi disparado o tiro de detenção. De acordo com o oficial-general, a ação representa o cumprimento pleno da missão da FAB na garantia da soberania do espaço aéreo brasileiro. 

“A aeronave em questão não tinha plano de voo, estava com uma matrícula falsa e foi interceptada em decorrência da Operação Ostium, operação permanente e que conta com a participação da Polícia Federal, de diversos órgãos de inteligência e de segurança pública”, afirmou.