Para conter o avanço da covid-19, Mato Grosso do Sul adotou medidas como toques de recolher, criação de mais leitos e antecipação de feriados, no entanto, mesmo assim, os casos seguem em crescimento.
Dados de segunda-feira (5) mostram 21 capitais com mais de 90% dos leitos públicos de UTI ocupados com casos críticos da doença, um quadro recorde desde o início do levantamento da Folha, em maio de 2020.
Belo Horizonte, Campo Grande (103%), Rio Branco e Porto Velho têm lotação máxima nos leitos de terapia intensiva.
Apenas duas capitais brasileiras encontram-se com taxa menor de 80% de uso, caso de Manaus (77%) e Boa Vista (48%).
Mesmo com a habilitação de mais 170 UTIs, Mato Grosso do Sul não conseguiu reverter a superlotação de hospitais, que seguem com 106% de ocupação. Atualmente, são 1.234 pessoas estão internadas nos leitos hospitalares no Estado.
Deste total, 700 pacientes estão internados nos leitos clínicos e divididos em 441 nos públicos e 259 no privado. A fila de espera nos centros de regulação espalhados por Mato Grosso do Sul é grande, pois 151 pessoas estão esperando por uma vaga em hospital para dar continuidade ao tratamento.
Conforme divulgado, o Hospital Universitário está com praticamente todos os seus leitos aos pacientes com Covid-19. Em poucos dias, todas as 27 UTIs da instituição foram ocupadas.
Já o Hospital Regional, referência de tratamento da doença no Estado, teve que contratar emergencialmente 50 profissionais temporários para atender a demanda crescente de atendimento.
No Centro-Oeste, a ocupação de UTIs segue apresentando alta, apesar de os estados implantarem mais leitos exclusivos para atendimento aos pacientes diagnosticados com Covid-19.