A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou, nesta segunda-feira (26), o pedido de autorização excepcional para a importação da vacina Sputnik V, imunizante contra a Covid-19 produzido na Rússia.

Mesmo com o aval do Supremo Tribunal Federal (STF), a Anvisa não autorizou a importação do medicamento por falta de documentação por parte do laboratório responsável e por entender que o medicamento apresenta riscos de uso. Segundo a agência, a vacina usa um tipo de vírus que naturalmente se replica.

Isso vai influenciar diretamente na vacinação em Mato Grosso do Sul, que participa de consórcio para compra de 28 milhões de doses do imunizante russo, no entanto, o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), destacou que a batalha para imunização continua. 

"Ainda acredito numa decisão favorável para a importação da Sputnik V", disse Reinaldo Azambuja. "Não vamos desistir da compra da vacina que garante a imunização da população sul-mato-grossense”, completou o governador nesta terça-feira (27).

Conforme divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), o governo de Mato Grosso do Sul, juntamente com o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central, irá avaliar as alternativas e estratégias de ação para aquisição de vacinas. 

“A decisão da Anvisa traz um atraso no processo de aquisição direto de vacinas. O Programa Nacional de Imunização está ofertando poucas doses de vacinas aos Estados, o que faz com que seja necessária a aquisição direta de vacinas. Mato Grosso do Sul tem a intenção de adquirir dois milhões de doses de vacina contra COVID-19”, disse a pasta em nota. 

Mato Grosso do Sul irá participar de reunião com o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central onde serão discutidas quais alternativas que restam para avançar no processo de aquisição direto de doses de vacina contra COVID-19.