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CORONAVÍRUS

03/06/2021 15:15

Investigado por receber da Santa Casa sem trabalhar, presidente do CFM quer depor na CPI

Bolsonaro compartilhou vídeo incentivado médico de Campo Grande a falar com senadores

Presidente do Conselho Federal de Medicina, o médico campo-grandense Mauro Luiz Britto Ribeiro gravou um vídeo pedindo para ser convocado CPI da Covid, em tramitação no Senado Federal. As imagens foram compartilhadas pelo presidente Jair Bolsonaro, com a seguinte legenda:

“O Presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), Dr. Mauro Ribeiro, classifica a CPI como tóxica e vergonhosa. Falta coragem moral para a maioria de seus integrantes para apurar desvios de recursos e ouvir autoridades como, p. ex., o Presidente do CFM”, descreveu Bolsonaro.

Britto Ribeiro se dirigiu a Rodrigo Pacheco, presidente Senado, pedindo que organize a investigação e alardeou que pretende debater com os membros da comissão de inquérito, além de reclamar do posicionamento do senador Otto Alencar durante o depoimento da médica Nise Yamaguchi.

“Fica aqui um apelo público para que essa convocação seja feita o mais rápido possível porque nós gostaríamos de ser a voz dos médicos brasileiros dentro daquela CPI. Para que nós possamos colocar de uma forma muito clara para os senhores senadores qual é a posição dos médicos brasileiros com relação à covid”, disse.

“Por que o que nós vemos são deputados, senadores, jornalistas, procuradores, todos falam hoje sobre tratamento, sobre lockdown, sobre a doença covid, os únicos que não estão sendo ouvidos são os médicos brasileiros, os enfermeiros, os técnicos de enfermagem, os fisioterapeutas, as assistentes sociais, os psicólogos e os dentistas. Mas quem está lá na frente atendendo os pacientes com covid somos nós”, alegou.

Assista o pedido completo:

Passado de investigações

Na Capital de Mato Grosso do Sul, Mauro Luiz Britto Ribeiro é investigado pelo Ministério Público por supostamente ter faltado 873 plantões na Santa Casa, mas ter recebido salários integrais de 2013 a 2015.

Conforme o Estadão, de junho de 2013 a outubro de 2015, Mauro, que era servidor público municipal, faltou aos plantões no hospital, no entanto, recebeu R$ 72 mil em salários, de forma indevida.

O médico, que hoje preside uma das entidades mais importantes de representação de classe do País, já havia sido condenado pelo crime, junto com outros nove profissionais.

Ainda de acordo com o MPE, Mauro e os nove profissionais causaram prejuízo de R$ 1,9 milhão às secretarias Municipal de Saúde e Educação. A questão é que os outros nove condenados foram demitidos por abandono de serviço, menos Mauro.

Leia mais aqui.

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