Levantamento feito pelo Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército mostra que as forças armadas ainda contam com estoque de 317,6 mil comprimidos de cloroquina, medicamento sem eficácia comprovada contra a covid-19.
Em 2020, o Exército fabricou 3,2 milhões de comprimidos do medicamento. Os dados foram obtidos pelo deputado Ivan Valente (PSOL-SP), por meio da Lei de Acesso à Informação, e publicados pela revista Época.
Só entre março e abril do ano passado, o Exército produziu 1,25 milhão de comprimidos, em um aumento de 84 vezes. O medicamento, indicado para o tratamento de artrite reumatoide, lúpus eritematoso e malária, parou de ser usado em boa parte do país, especialmente após recomendações da OMS (Organização Mundial de Saúde).
Além disso, já foram registrados casos de hepatites medicamentosas em pacientes que tomaram o chamado ‘kit covid’ e outros remédios preventivos contra a doença, que precisa ser avaliada caso a caso por um especialista.