Em Mato Grosso do Sul, o total de sete municípios, incluindo a Capital estão com risco extremo de alta na contaminação pelo novo coronavírus. Isso pode gerar colapso na rede de saúde e o governo do estado fez um alerta nesta sexta-feira (18).
O governo do estado atualizou o grau de risco dos 79 municípios - referentes à 50ª semana epidemiológica do Programa de Saúde e Segurança da Economia (Prosseguir) e encaminhou ontem as novas recomendações, para o período de 16 a 26 de dezembro, aos prefeitos.
Notificados
O governo estadual notificou os municípios para que comprovem o cumprimento das medidas ou justifiquem o descumprimento, sob pena de comunicação ao Ministério Público e demais autoridades, de acordo com o Decreto Estadual nº 15.559/2020.
Conforme explicou o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, não há falta de recursos e a situação tem exigido do governo grande esforço para estruturar o sistema de saúde.
"A situação é séria. Não há falta de recursos. Essa semana o governador liberou mais de R$ 27 milhões para as unidades hospitalares do Estado municípios. A grande questão é a capacidade de ampliação de leitos de UTI. E por outro lado a necessidade de diminuir a taxa de multiplicação e contágio por parte da Covid-19. E o governo vai adotar as medidas necessárias para que a gente contenha ao máximo a propagação do vírus. Sabemos das consequências na economia e debatemos isso diariamente. Os municípios têm as suas responsabilidades também. Precisamos pôr a mão na consciência e, mais do que nunca, fazer uma reflexão de responsabilidade para ver com o vamos atravessar o nosso fim de ano", destacou.
Classificação de risco
Para gerar essa classificação, o programa avalia indicadores municipais relacionados à disponibilidade de leitos de UTI, quantidade de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), busca por contatos de casos confirmados, redução da mortalidade por Covid-19, disponibilidade de testes, incidência na população indígena, redução de casos entre profissionais da saúde, redução de novos casos, necessidade de expansão de leitos e situação de fronteira com país ou divisa com Estado que tenha aumento de casos.