Com dois casos suspeitos em Mato Grosso do Sul, um de Campo Grande e outro de Corumbá, a mucormicose, doença, conhecida popularmente como “fungo negro”, em pacientes com Covid-19 acende preocupações sobre tratamento e o custo do mesmo.
Segundo informações da coluna de Monica Bergamo na Folha de S.Paulo, as intervenções, cirúrgicas e com medicamentos, exigem internações prolongadas.
Só de remédio para combater o fungo o custo é de R$10 mil por dia. Os remédios precisam ser aplicados por cerca de 45 dias no paciente infectado.
Apenas com medicamentos, sem contar cirurgia e internação, são necessários recursos de R$ 450 mil.
De acordo com o médico Marcello Magri, da clínica de moléstias infecciosas e parasitárias do Hospital das Clínicas de SP, os custos acabam sendo cobertos pelo paciente, pelo plano de saúde ou pelo SUS, que fornece uma das formulações da Anfotericina, indicada no tratamento.
Na Índia, em que 9 mil pacientes com Covid-19 tiveram o “fungo negro”, a droga chegou a esgotar.
A mucormicose é fulminante e fatal. Ela necrosa os tecidos da face, atingindo nariz, olhos e podendo invadir o cérebro. A região atingida escurece —daí a doença ser popularmente chamada de “fungo negro”, nome que não é adotado pela ciência nem pelos médicos.