Mesmo após um pequeno período de lockdown, Mato Grosso do Sul não consegue esvaziar os leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) que estão sendo ocupados por pacientes oriundos da pandemia da covid-19. Nesta terça-feira (6), o estado abriu o dia tendo a taxa de ocupação cravada em 105% e operando além do limite estabelecido.
O cenário mostra uma superlotação que vem sendo recorrente nas última semanas e para piorar a situação, a cidade de Campo Grande opera com leitos improvisados e atendimentos em outras alas para atender a demanda. A taxa de ocupação é de 107%.
A capital, inclusive, é considerada o epicentro da pandemia liderando dia após dia as estatísticas de casos confirmados e número de óbitos.
De acordo com os dados atualizados do Portal Mais Saúde, a macrorregião de Campo Grande que engloba atendimentos a outros municípios está com índice de 112%, preocupando as autoridades.
A ocupação dos leitos de UTI, em geral, também gera um caos no sistema de saúde com taxa perto dos 90%.
No último boletim epidemiológico divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), pelo menos 1.291 pacientes estavam internados nos leitos hospitalares. Os dados mostraram que 741 ocupavam leitos clínicos e 550 pessoas estão internadas nos leitos de UTI.
Na fila de regulação a espera de um leito, havia 135 pacientes aguardando a sua vez de utilizar o espaço para tratamento. Porém, sem vagas, pelo menos cinco pessoas morreram nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) de Campo Grande enquanto aguardavam vaga nos hospitais.