O sistema de saúde de Mato Grosso do Sul beira o colapso por completo. A atualização desta quinta-feira (25), do boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde), aponta que Campo Grande e Corumbá não possuem mais leitos à disposição e dificulta o encaminhamento de pacientes da fila de espera.
Nas demais macrorregiões, como Dourados e Três Lagoas, o alerta é iminente para o preenchimento total de leitos, já que ambas regiões estão com 86% e 98% de ocupação, respectivamente.
Campo Grande atingiu 103% de ocupação dos leitos, média que virou rotineira nas últimas semanas devido ao avanço da pandemia. Por outro lado, Corumbá não consegue mais oferecer leitos por ter 100% de ocupação.
De acordo com a SES, 1.118 pacientes estão hospitalizados que dividem 649 leitos clínicos e 469 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Nesta quinta, o Estado registrou recorde com 60 mortes.
Até esta quarta-feira (24), pelo menos 178 pessoas passaram pela central de regulação e aguardavam a disponibilização de um leito para começar o tratamento da covid. O secretário de Saúde, Geraldo Resende ressaltou que os leitos disponíveis são de gente que estão morrendo.
"É importante dizer isso que é trágico, cruel, mas nós temos que dizer que as vagas que estão sendo liberadas são decorrentes de óbitos", disse.