Pelo menos cinco pacientes morreram nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) de Campo Grande enquanto aguardavam uma vaga em hospital no domingo (4). A situação é delicada já que há superlotação no sistema de saúde, como mostra o quadro do boletim epidemiológico desta segunda-feira (5) que apresentou 1.291 pacientes internados.
Outras 38 pessoas estão nas UPAs aguardando alguma vaga para iniciarem seus tratamentos. De acordo com os dados divulgados pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), o número é o terceiro maior índice de internações durante a pandemia.
Ainda segundo o boletim, 741 ocupam leitos clínicos sendo 439 públicos e 302 estão nos leitos privados. Nos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), pelo menos 550 pessoas estão internadas com 390 ocupando os leitos públicos e 160 os privados.
Na fila de espera, onde as pessoas aguardam a destinação para um leito, a central de regulação da região de Campo Grande conta com 80 pacientes, sendo 57 somente na Capital. Outros 25 estão na região de Dourados e na fila por parte do Estado conta com 30 pacientes.
Taxa de ocupação
Com superlotação de leitos, a macrorregião de Campo Grande está com 107% de ocupação e precisando improvisar espaços para atender a demanda.
Dos 346 leitos disponibilizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde), 74% são pacientes que estão tratando a covid-19 e outros 4% estão com sintomas e são pacientes suspeitos.
Nas outras regiões, Dourados decaiu e conta com 87% de taxa, Três Lagoas com 93% e Corumbá abandonou os 100% e registra 96% de ocupação dos leitos.