O ex-secretário de Comunicação Social da Presidência, Fabio Wajngarten se mostrou controverso em seu depoimento, nesta quarta-feira (12), na CPI da Covid, que investiga possíveis atos de negligência do governo federal no combate a pandemia da covid-19 no Brasil.
Para uma entrevista cedida a revista Veja, no final de abril, o ex-secretário afirmou que houve incompetência do Ministério da Saúde no processo de aquisição das vacinas contra o coronavírus, principalmente diante das dificuldades em fazer avançar o processo de compra da Pfizer.
Contudo, nesta quarta, ao responder um questionamento proferido da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), Wajngarten garantiu que, na entrevista que concedeu a Veja, nunca falou em incompetência da pasta da Saúde do governo.
No depoimento, Fabio Wajngarten explicou que a manchete teria sido um truque. “A manchete serve para vender a tiragem, a manchete serve para trazer audiência, a manchete serve para chamar a atenção, conforme a gente conhece”, afirmou.
No entanto, no início da tarde desta quarta, a Veja publicou o áudio que mostra a resposta do ex-secretário afirmando que houve incompetência da pasta.
"Incompetência. Quando você tem um laboratório americano com 5 escritórios de advocacia apoiando na negociação e você tem do outro lado um time pequeno, tímido, sem experiência é 7 a 1".
Wajngarten ainda confirmou na CPI a existência de uma carta da Pfizer enviada ao governo Bolsonaro datada no dia 12 de setembro com o objetivo de negociar a compra de vacina. Segundo o ex-secretário, em novembro, mandou um e-mail à farmacêutica e posteriormente a isso, em 17 de novembro, se encontrou com o CEO da Pfizer Carlos Murillo, em seu gabinete.