Polícia

01/11/2018 10:33

'Ou matava ou eu morria' diz rapaz que matou Mayara a tesourada na Capital

Robinho ainda disse que descobriu que a namorada fazia programa três meses antes de sair da prisão

01/11/2018 às 10:33 | Atualizado 01/11/2018 às 17:02 Rodson Willyams e Kerolyn Araújo
André de Abreu

Roberson Batista da Silva, de 32 anos, que matou a jovem Mayara Fontoura Holsback, de 18 anos, a tesourada no dia 15 de setembro de 2017 está sendo julgado nesta quinta-feira (1°), no Tribunal do Juri, em Campo Grande. Durante depoimento, rapaz afirmou que agiu em legítima defesa e diz que ex-namorada fazia programa enquanto estava preso.

Ao ser ouvido, Robinho, como é conhecido, contou detalhes referentes ao dia do crime. Segundo, logo após sair da prisão, foi até a casa onde Mayara estava morando com o irmão para encontrá-la, no Bairro Universitário.

De lá, seguiram em direção a casa da mãe da vítima onde consumiram bebida alcoólica. Assim que retornaram ao endereço, a dupla continuou a beber e a usar cocaína. Em determinado momento, Mayara teria ido ao tomar banho e ao retornar, teria confessado a Robinho que fazia programas.

"A muito tempo queria largar de você. Eu gosto do que eu faço, não vou parar. Até os meus clientes me comem melhor do que você. Corno manso!", relata Robinho em depoimento. O rapaz ainda afirma que estava transtornado em razão do uso de drogas e que em determinado momento, a jovem teria pegado uma tesoura que estava do lado da cama e partido para cima dele.

"Ou eu matava ou eu morria", disparou Robinho ao falar do crime. Ele tomou a tesoura da mãos da vítima e desferiu golpes no pescoço e peito da vítima. Ao contar os detalhes, o rapaz ainda informou que o crime aconteceu para preservar a sua vida. "Me arrependo amargamente", confessou.

Robinho ainda disse que descobriu que a namorada fazia programa três meses antes de sair da prisão. Disse ainda que matinha a namorada no condomínio no Altos da Avenida Afonso Pena onde morava e que havia deixado um veículo no valor de R$ 140 mil e motocicleta. Além de ter comprado R$ 15 mil em jóias e pagava o gasto dela mensalmente no valor de R$ 7 mil, mesmo estando preso. Além de custear um local em que o irmão da vítima morava.

Durante o depoimento, o autor ainda afirmou que amava Mayara, que não premeditou o crime e disse que tinha a intenção de pegar ela e mudar para a Europa onde teria parentes. "Queria deixar tudo isso pra trás e ficar três anos por lá", finaliza o jovem que tem um filho.