10/10/2018 15:48
Odilon rasga promessa e se alia com MDB de Puccinelli, Andreia Olarte e Siufi
Aproximação contraditória após ataques é estratégia em 2º turno na campanha do juiz aposentado
O candidato Odilon de Oliveira (PDT) encontrou no MDB, partido de André Puccinelli, Andreia Olarte e Paulo Siufi, seus aliados para a campanha de 2º turno na eleição para o Governo de Mato Grosso do Sul. O partido do, até há pouco, concorrente ao cargo, Junior Mochi, 3º lugar na disputa, deve anunciar oficialmente a aliança ainda nesta tarde (10).
A parceria, contudo, vai contra a promessa do juiz federal aposentado em não andar ao lado de corruptos. Ao TopMídiaNews, ele chegou a dizer que não gostaria de ser envolvido com pessoas marcadas pela corrupção.
“Eu sou contra aliança com figuras que foram condenadas. Não que foram levianamente acusadas. [...] Sou contra me aliar com figuras notoriamente corruptas. Aqueles que foram condenados ou que têm provas contundentes sobre a corrupção cometida. Não aquelas pessoas que a população quer acreditar que é corrupto”, disse.
Puccinelli está preso desde o dia 20 de julho, pela Polícia Federal, denunciado por corrupção. Segundo a polícia, ele e o filho, Puccinelli Junior, criaram o Instituto Ícone de Estudos Jurídicos para gerenciar dinheiro de propina vinda, por exemplo, da JBS, a principal empresa investigada na Lava Jato.
A ex-primeira-dama Andreia Olarte foi candidata a deputada federal pelo MDB. Junto ao marido, o ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, foi presa no dia 15 de agosto de 2016, durante realização da operação Pecúnia, deflagrada pelo Gaeco (Grupo Armado de Repressão ao Crime Organizado).
Já o deputado estadual Paulo Siufi foi investigado por tramar a saída do então prefeito Alcides Bernal (PP) da prefeitura da Capital, e alvo ação por improbidade administrativa, originada na Operação Coffee Break, mas livrado por falta de provas. Na eleição de domingo (7), foi derrotado nas urnas.