Política

10/10/2018 19:00

Senado ficou só no sonho, mas votação na Capital faz Harfouche mirar na prefeitura em 2020

Promotor pondera, no entanto, que está mais preparado para a Casa Alta

10/10/2018 às 19:00 | Atualizado 11/10/2018 às 07:13 Thiago de Souza
Votação expressiva faz Harfouche pensar em prefeitura - Wesley Ortiz

O procurador de justiça do Ministério Público Estadual, Sérgio Harfouche (PSC), lamentou não ter conquistado uma das duas vagas ao Senado Federal nessa eleição. No entanto, considera sua votação expressiva, sobretudo em Campo Grande, o que lhe faz pensar na disputa pela prefeitura em 2020.

''Esperava ser eleito por conta da minha história e do meu programa. Tenho certeza que seria a melhor opção do Estado. Contudo, é de se considerar que eu saí sozinho, chapa pura, sem coligar, sem recursos...'', justificou Sérgio.

Harfouche fez campanha ao melhor estilo conservador, pregando fé em Deus, preservação da família tradicional e críticas ao Estatudo da Criança e do Adolescente. Nessa linha, o procurador teve 292.301 votos, segundo ele, a maioria na Capital.

O político do PSC constatou que, dos 13 candidatos que disputaram as duas vagas, ele foi o que teve maior votação na Capital.

''Inclusive maior que o do Nelsinho [Trad], que foi prefeito, e até hoje tem tótens com nome dele nas ruas. Então isso é um ânimo pra mim'', analisa Harfouche sobre sua popularidade na cidade. Ele vê sua votação como um 'aval' da população, mas destaca que teria de se preparar nos próximos anos para disputar o executivo municipal.

''Isso é indicativo para disputar Campo Grande. Isso é algo para se estudar, mas no momento estou preparado para o Senado'', reflete Harfouche. O procurador diz que atualmente existem dois votos: o da velha política, que vai na onda do conveniente, do favor, e o outro da política nova.

O candidato derrotado destacou decisão inédita da Justiça que autoriza promotores, procuradores de justiça e juízes a participarem das eleições e depois retomarem a carreira. Ele citou o caso do juiz federal Wilson Witzel (PSC), que teve de pedir exoneração da justiça para concorrer ao governo do Rio, onde lidera pesquisas de intenção de voto.

''Parabenizo o nosso TRE [Tribunal Regional Eleitoral], que de forma moderna e justa decidiu, por unanimidade, e de forma inédita no país, reconhecendo o direito adquirido de disputar uma eleição'', celebrou.

Sérgio Harfouche agora volta ao cargo de procurador de justiça no Ministério Público Estadual.