26/09/2018 18:47
Operação da PF desarticula quadrilha que envia drogas no atacado de MS para SC
Pelo menos 19 mandados foram expedidos pela justiça catarinense
Ação da Polícia Federal nesta quarta-feira (26), tenta desarticular quadrilha que enviava volumosas cargas de drogas de Mato Grosso do Sul para Santa Catarina. Dez mandados de busca e apreensão e nove de prisão estavam programadas.
As ações ocorrem em Ponta Porã, Amambai e Campo Grande, cujos mandados foram expedidos pela 2ª Vara da Comarca de Barra Velha (SC).
As investigações tiveram início em maio deste ano, quando uma caminhonete com placas de Maracaju/MS foi abordada no Posto da PRF em Barra Velha (SC) e, em compartimento oculto sob a caçamba traseira, foram encontrados cerca de 185kg de maconha.
A partir dessa apreensão, as investigações revelaram um organizado esquema de remessa de maconha para o estado, no qual eram utilizados carros de pequeno porte, caminhonetes e até mesmo caminhões de milho e outros produtos, os quais faziam o trajeto entre o Mato Grosso do Sul e Santa Catarina escoltados por batedores do grupo criminoso.
Entre maio e agosto do corrente ano, foram realizadas quatro abordagens policiais de membros do grupo, em diferentes locais de Santa Catarina – Barra Velha, Itapema e Lages, tendo sido apreendidas cerca de 2,5 toneladas de maconha, com a prisão de sete pessoas, entre mulas (motoristas das cargas) e batedores (escolta).
Dentre os batedores e destinatários das drogas atuantes em Santa Catarina, estavam membros de facção criminosa com atuação no estado, sendo que dois deles foram presos no início de junho em Barra Velha.
Os destinos das remessas de drogas eram diferentes cidades do litoral centro-norte catarinense, principalmente Florianópolis e Barra Velha.
Na ação de hoje, o foco principal é a desarticulação do núcleo fornecedor das drogas no estado do MS.
Após seus interrogatórios, os presos serão transferidos para Barra Velha/SC, onde responderão pelos crimes de associação ao tráfico e tráfico interestadual de drogas, cujas penas somadas podem chegar a 40 anos de reclusão, além de multa e perdimento de bens.