Polícia

22/09/2018 08:50

VÍDEO: corregedoria da PRF prende cinco agentes envolvidos em contrabando de cigarros

Policiais suspeitos foram investigados por dois anos até a deflagração da operação Nepsis

22/09/2018 às 08:50 | Atualizado Thiago de Souza
Prisões de PRFs foram feitas pela corregedoria em MS - Divulgação PRF

A Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal, em apoio à Polícia Federal na Operação Nepsis, mira seis de seus agentes envolvidos em contrabando de cigarros do Paraguai. A ação foi deflagrada na manhã deste sábado (22), em 4 estados e MS. Cinco já estão presos.

Conforme assessoria da PRF em MS, dos 40 mandados de prisão, seis são contra agentes da corporação. Ainda de acordo com a comunicação, o envolvimento desses policiais com o crime, que são lotados em Bataguassu, foi detectada pela própria corregedoria, há dois anos. Assim, a PRF pediu à PF que investigasse tais agentes.

Os mandados de prisão da operação foram cumpridos nas cidades de Iguatemi, Mundo Novo, Eldorado, Dourados, Maringá, Bataguassu, Presidente Prudente, Presidente Epitácio. 100 PRFs foram envolvidos na ação, que conta também com dois helicópteros da corporação.

Quatro policiais militares também são alvo da operação, sendo que dois já estão presos, assim como dois policiais civis.

De acordo com a Polícia Federal, um dos dois pilares da estrutura criminosa era cooptar policiais para facilitar a passagem de caminhões carregados com cigarros. A origem era o Paraguai e o destino o centro sul e o nordeste.

A PF estima que, somente em 2017, o valor da mercadoria transportada chegue a R$ 1,5 bilhão.

Os mandados de prisão e de busca e apreensão dos demais membros da quadrilha são cumpridos em casas de alto padrão. Em uma delas, no distrito de Porto Morumbi, em Eldorado, barcos de luxo e jet skis foram apreendidos.

O nome da operação, Nepsis, diz a PF, reporta a um termo grego que significa vigilância interior, estado mental de atenção plena, em uma alusão à vigilância necessária para combater as sofisticadas atividades contrabandistas e também à própria atividade de fiscalização estatal no combate à cooptação integrantes de órgãos de repressão e fiscalização.