29/08/2018 17:00
3ª capital com mais homens fumantes, Campo Grande oferece programas de tratamento
Município tenta sair da estatística com programa para livrar pessoas do tabagismo, a principal causa de morte evitável no planeta
No dia 29 de agosto é comemorado, no Brasil, o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Contudo, Campo Grande ainda não tem os melhores índices para, de fato, celebrar a data, já que ocupa o 3º lugar entre as capitais e Distrito Federal, onde há mais homens fumantes.
Com 15% de homens fumantes acima de 18 anos, a Capital de Mato Grosso do Sul perde apenas para Porto Alegre, com 17,4%, e Curitiba, com 17,8%. Os dados são de pesquisa da Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde, do Ministério da Saúde, realizada entre 2006 e 2016.
Entre as mulheres, a Cidade Morena ocupa a 7ª posição no ranking do número de fumantes. A pesquisa por telefone entrevistou 2.011 pessoas em Campo Grande, sendo 755 homens e 1.256 mulheres.
No percentual de homens que fumam 20 ou mais cigarros por dia, segundo as capitais dos estados brasileiros e o Distrito Federal, acima de 18 anos, Campo Grande está em 9º lugar; entre mulheres no mesmo quesito, ficou em 7º.
Entre fumantes passivos no local de trabalho, segundo as capitais dos estados brasileiros e o Distrito Federal, a Capital de MS está em 5ª posição; entre mulheres, 14ª.
Tratamento
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), em Campo Grande, oferece o tratamento para pacientes que desejam largar o vício da nicotina, por meio de acompanhamento com equipe multidisciplinar de profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, farmacêuticos e outros.
Conforma a assessoria de imprensa do órgão, o dependente pode procurar a unidade básica de saúde mais próxima da residência para tratamento ou será encaminhado para um dos Grupos de Tabagismo. Inicialmente, o paciente passa por uma avaliação para considerar se ele é um fumante leve, moderado ou pesado.
Após a avaliação, o tratamento consiste com consultas individuais ou sessões de grupo de apoio, nas quais o paciente fumante entende o papel do cigarro na sua vida, recebe orientações de como deixar de fumar, como resistir à vontade de fumar, e principalmente, como viver sem cigarro.
Durante as quatro primeiras reuniões de grupo (ou consultas individuais) são fornecidos manuais de apoio com informações sobre cada uma das sessões estruturadas. Também são fornecidos medicamentos gratuitos com o objetivo de reduzir os sintomas da síndrome de abstinência à nicotina, mas não são necessariamente o fator principal para o abandono do vício.
A secretaria não dispõe de números exatos e nem estimativa de pacientes.