Polícia

15/08/2018 09:01

Boi de Piranha: ‘armaram casinha’, diz defesa de acusado de matar delegado

Guarda municipal é acusado de assassinar o delegado aposentado Paulo Magalhães

15/08/2018 às 09:01 | Atualizado Dany Nascimento e Anna Gomes
Advogado Renê Siufi - André de Abreu

O julgamento do guarda municipal José Moreira Freire, um dos acusados de matar o delegado aposentado Paulo Magalhães em junho de 2013, está sendo realizado na manhã desta quarta-feira (15), na 2° Vara do Tribunal do Juri, em Campo Grande.

O advogado de defesa do acusado, Renê Siufi, falou rapidamente com a imprensa. Ele acredita que estão tentando tirar a culpa dos verdadeiros assassinos. “Eles estão querendo colocar a culpa no guarda, um boi de piranha”, disse o advogado.

Segundo Renê, uma ‘casinha’ foi montada para acusar o guarda. O advogado destaca ainda que Magalhães foi executado na época em que fazia denúncias sobre outros delegados na Capital. “Querem culpar ele e deixar de prender os verdadeiros acusados”, disse Siufi. 

O julgamento é realizado pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos.

José Moreira Freire - Foto: André de Abreu

O caso

O delegado aposentado da Polícia Civil, Paulo Magalhães foi assassinado a tiros no dia 25 de junho de 2013, perto da escola da filha, no bairro Jardim dos Estados, em Campo Grande. No local do crime, peritos encontraram quatro cápsulas de pistola nove milímetros, de uso permitido da polícia.

Dois homens foram presos: José Moreira Freire e o vigilante Antônio Benites Cristaldo. A polícia acredita que José era passageiro da motocicleta que emparedou o carro do delegado e efetuou os disparos de arma de fogo.