Política

30/07/2018 15:10

Simone entra na disputa pelo Governo tendo que explicar bloqueio de bens em 2016

MPF denunciou a senadora por suspeitas de desvio de dinheiro federal; decisão ainda está valendo

30/07/2018 às 15:10 | Atualizado Celso Bejarano
Wesley Ortiz

Anunciada neste domingo (29) como a pré-candidata do MDB na disputa pelo governo de Mato Grosso do Sul, assumindo o lugar de André Puccinelli, preso desde dia 20 de julho, a senadora Simone Tebet teve os bens bloqueados na Justiça, em fevereiro de 2016.  

Ela foi denunciada pelo MPF (Ministério Público Federal) por improbidade administrativa. À época que era a prefeita da cidade de Três Lagoas [2005-2010], Simone, diz a denúncia, teria supostamente desviado dinheiro municipal e federal que deveria ser aplicado somente na revitalização do balneário municipal da cidade.

O MPF, sustentada por investigação tocada pela CGU (Controladoria Geral da União), enxergou suposta irregularidade na licitação que escolheu a empreiteira para concluir a obra, a Anfer Construções. 

Esta empresa, ainda segundo a denúncia, doou R$ 78 mil para a campanha eleitoral de Simone, período que ela disputou e venceu a reeleição.

Também conforme a denúncia, a revitalização do balneário custou R$ 783 mil, R$ 500 mil dos quais saíram dos cofres da União e o restante da prefeitura.

Simone recorreu, mas a Justiça Federal manteve o bloqueio no início deste ano. O caso segue em grau de apelação. À época da condenação, a senadora contestou a decisão judicial e afirmou que a obra tinha amparo legal, nada de irregular.

A medida que confisca o dinheiro de Simone alcança ainda outras oito pessoas, entre elas ex-secretários municipais de Três Lagoas e dono da Anfer, Antônio Fernandes de Araújo Garcia.

Simone Tebet é advogada, professora, foi prefeita de Três Lagoas por duas vezes, secretária estadual e vice-governadora (2011-2014), período governado por André Puccinelli.